Bolsas dos EUA sofrem com indicadores e resultados e fecham com forte baixa

Espera pelo PIB e perspectivas cautelosas pressionam negócios; bancos e techs registram forte baixa

Equipe InfoMoney

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SÃO PAULO – As principais bolsas norte-americanas encerraram em queda nesta quarta-feira (28), com os investidores fugindo das aplicações de risco e avaliando a recuperação econômica. A redução da projeção do Goldman Sachs para o crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) dos EUA no terceiro trimestre, de 3% para 2,7%, também impactou o mercado.

Os preços das commodities energéticas e metais básicos também caíram, com o dólar fortalecido frente ao euro. Com isso, as ações da ExxonMobil encerraram em queda de 1,43%, enquanto as da Chevron caíram 0,91%. A Conoco Phillips relatou vendas e lucros no terceiro trimestre menores do que no mesmo período de 2008, mas bateu as expectativas dos analistas. Ainda assim, as ações da empresa recuaram 2,77.

Vale ressaltar que o estoque de petróleo dos EUA veio abaixo das expectativas do mercado na medição semanal, em 778 mil barris, contra projeção de 1,7 milhão.

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Setor financeiro

Kenneth Feinberg , o “Czar dos pagamentos” afirmou em audiência para o Comitê da Câmara de Supervisão que as medidas usadas para o pagamento de executivos nas empresas que tiveram auxílio governamental devem ser usadas pelo restante do mercado. Entre as sete empresas sob sua jurisdição estão o Bank of America (-2,85%) e o Citigroup (-4,45%), que encerraram o pregão em queda.

Outros bancos também fecharam com os papéis em queda. As ações do Goldman Sachs recuaram 3,61% e as do JP Morgan caíram 2,78%. Os papéis de Morgan Stanley (-5,14%) e Wells Fargo (-3,28%) também registraram perdas.

Destaques de alta

As ações do CIT tiverem forte avanço de 10,41%, após o banco comercial receber US$ 4,5 milhões em financiamento através de uma expansão do crédito existente.

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A Visa registrou lucro líquido de US$ 514 milhões no terceiro trimestre, melhora frente ao prejuízo de US$ 356 milhões no mesmo período do ano passado. Como resposta, os papéis da companhia de cartões de crédito subiram 3,61%.

Destaque de queda

O Apollo Group viu suas ações recuarem 17,69% na Nasdaq, após reguladores federais abrirem investigação sobre a contabilidade do grupo educacional e pelo menos três corretoras rebaixarem a recomendação de suas ações.

Indicadores

O Durable Good Orders, que traz os pedidos e entregas de bens duráveis, registrou altade 1% em setembro, em linha com as expectativas. Já o New Home Sales do mesmo mês veio abaixo do esperado, relatando vendas de 402 mil casas novas no país, ante projeção de 440 mil.

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Com isso, as ações do setor imobiliário caíram no pregão. Os papéis da Pulte Homes encerraram em queda de 5,01%, enquanto os da Home Depot caíram 3,04%.

Cotações de fechamento

O índice Nasdaq Composite, que concentra as ações de tecnologia, fechou em baixa de 2,67%, a 2.060 pontos, acumulando no ano forte alta de 30,60%.
O S&P 500, que engloba as 500 principais empresas dos EUA, encerrou o pregão em desvalorização de 1,95%, atingindo 1.043 pontos e subindo 15,43% no ano,
enquanto o Dow Jones, que mede o desempenho das 30 principais blue chips norte-americanas, apresentou queda de 1,21%, chegando a 9.763 pontos e acumulando no ano forte alta de 11,24%.

%Var Dia Pontos %Var 30D %Var Ano
Dow Jones -1,21 9.763 -0,27 +11,24
S&P 500 -1,95 1.043 -1,91 +15,43
Nasdaq -2,67 2.060 -3,34 +30,60