Bolsas de NY fecham na maioria em alta, em recuperação após CPI, e Nasdaq tem recorde

Nasdaq subiu mais de 1,5% e renovou a sua máxima histórica

Estadão Conteúdo

Trader trabalha na sede da NYSE, em Nova York (Michael Nagle/Bloomberg)

Publicidade

As bolsas de Nova York subiram na maioria em alta nesta quinta-feira, com destaque para o Nasdaq, que avançou mais de 1,5% e renovou a sua máxima histórica. O avanço vem após os dados do índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) de março nos Estados Unidos divulgados na quarta-feira pressionarem os papéis, uma vez que aumentaram as perspectivas de um Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) com juros mais altos por período prolongado. No entanto, nesta quinta, a inflação ao produtor (PPI, na sigla em inglês) apresentou desaceleração acima do esperado. Investidores se preparam ainda para o começo da temporada de divulgação de balanços.

O índice Dow Jones encerrou a sessão em baixa de 0,01%, aos 38.459,08 pontos; o S&P 500 subiu 0,74%, aos 5.199,06 pontos. O Nasdaq valorizou 1,68%, aos 16.442,20 pontos, em seu recorde de fechamento.

“A surpresa positiva de ontem no CPI dos EUA justificou a nossa visão de longa data de que as probabilidades de um Fed com juros elevados durante mais tempo foram significativamente subavaliadas pelos mercados”, avalia a Oxford Economics. Dito isto, a consultoria ainda pensa que os ativos de risco estão bem posicionados para apresentarem um desempenho superior, uma vez que espera que o crescimento global se mantenha este ano.

Continua depois da publicidade

Seguindo a divulgação do PPI, o Citi afirmou que segue esperando um corte de juros Fed em junho. O banco aponta menor pressão particularmente em detalhes do PPI que são importantes para a inflação do índice de gastos com consumo (PCE, na sigla em inglês) como passagens aéreas, serviços médicos e taxas de administração de portfólio.

A presidente do Fed de Boston, Susan Collins, afirmou nesta quinta que a política monetária no país está “bem posicionada” neste momento, e defendeu uma “abordagem paciente”, até que o BC tenha mais certeza sobre a desinflação e possa cortar juros.

Entre as ações, o Morgan Stanley despencou mais de 6% após o The Wall Street Journal revelar que reguladores nos Estados Unidos investigam o banco por possíveis falhas no processo de análise de clientes que potencialmente podem lavar dinheiro. Já as ações da Amazon subiram 1,67%, a US$ 189,05 por papel, o que é seu recordo histórico.