Bolsas de NY caem após queda recorde das vendas no varejo e aumento de tensão entre China e EUA

No fim da manhã, o mercado chegou a esboçar uma reação após os dados melhores do que o esperado sobre o sentimento dos consumidores nos EUA

Rodrigo Tolotti

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SÃO PAULO – Os índices da bolsa de Nova York operam com bastante volatilidade nesta sexta-feira (15) após dados negativos recordes nas vendas de varejo nos Estados Unidos e o aumento das tensões comerciais entre a China e os americanos.

Às 12h30 (horário de Brasília), o Dow Jones registrava queda de 0,70%, aos 23.460 pontos, enquanto o S&P 500 recuava 0,75%, para 2.832 pontos. Enquanto isso, o índice Nasdaq tinha perdas de 0,72%, a 8.879 pontos.

A piora de humor se deu após as vendas no varejo registrarem queda de 16,4% em abril na comparação com março, baixa maior que a expectativa mediana dos economistas do mercado compilada no consenso Bloomberg, que apontava para uma queda de 12%.

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Este resultado derrubou as ações no início do pregão, que já era de mau humor com as crescentes tensões comerciais entre a China e os EUA.

“Acho que você poderia dizer que sabíamos que era fraco”, disse John Briggs, chefe de estratégia da NatWest Markets, para a CNBC. “O problema é que você não pode descartar todas essas más notícias para abril. Se você tem um buraco mais profundo, seu ponto de partida é mais baixo”.

O governo Trump decidiu bloquear remessas de semicondutores para a empresa chinesa Huawei. O Departamento de Comércio disse que “visaria estrategicamente a aquisição de semicondutores da Huawei que são o produto direto de certos softwares e tecnologias dos EUA”.

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Enquanto isso, Hu Xijin, editor-chefe da publicação estatal chinesa Global Times, disse que a China “restringiria ou investigaria” empresas americanas como Qualcomm, Cisco Systems e Apple se os EUA tomarem outras medidas para bloquear a cadeia de suprimentos da Huawei.

Por outro lado, no fim da manhã, o mercado esboçou uma reação após os dados melhores do que o esperado sobre o sentimento dos consumidores nos EUA. O índice de sentimentos dos consumidores da Universidade de Michigan subiu de forma inesperada no início de maio, com o estímulo fiscal dos EUA medindo “as finanças dos consumidores melhoradas e o amplo desconto de preços, impulsionando suas atitudes de compra”.

Os investidores também ficam atentos ao terremoto de magnitude 6.4 atingiu o noroeste do estado de Nevada, nos EUA, nesta manhã. O abalo foi a uma profundidade de 7,6 quilômetros, de acordo com o órgão. Outros seis tremores foram sentidos posteriormente, sendo dois deles de magnitude 5.4.

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Rodrigo Tolotti

Repórter de mercados do InfoMoney, escreve matérias sobre ações, câmbio, empresas, economia e política. Responsável pelo programa “Bloco Cripto” e outros assuntos relacionados à criptomoedas.