Bolsas da Europa sobem e futuros dos EUA têm leve queda; atenção a balanços e mais assuntos que vão movimentar o mercado hoje

Atenção para números da Alphabet, controladora do Google, depois do fechamento nos EUA; Brasil inicia temporada de balanços e tem 1º dia da reunião do Copom

Equipe InfoMoney

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Fevereiro começa com os principais índices mundiais operando sem direção definida, com a Europa registrando alta seguindo o desempenho dos EUA na véspera, enquanto os índices futuros dos Estados Unidos têm leve queda após a forte alta da véspera que, contudo, não foi suficiente para apagar o mês de janeiro negativo em Wall Street.

No exterior, os investidores vão monitorar a temporada de balanços, com atenção para os números da Alphabet, controladora do Google, depois do fechamento. Os investidores também seguem na expectativa pela divulgação dos dados de emprego de janeiro dos EUA na sexta-feira (4), com os números do payroll.

No noticiário brasileiro, após o Ibovespa ter um janeiro bastante positivo com avanço de 6,98%, descolado de Wall Street, os olhos se voltam para o primeiro dia da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, que divulga amanhã a decisão sobre a Selic. A expectativa é de uma alta de 1,5 ponto percentual, para 10,75% ao ano, da taxa de juros na próxima quarta-feira.

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No noticiário corporativo, a temporada de resultados do quarto trimestre se inicia com Indústrias Romi (ROMI3), divulgando seus números após o fechamento. Amanhã, serão revelados os resultados de Santander Brasil (SANB11) e Cielo (CIEL3).

Além disso, no radar político, segue a indefinição sobre o formato e conteúdo da PEC dos Combustíveis, que deve ser apresentada durante a abertura dos trabalhos legislativos. Já o ministro da Economia, Paulo Guedes, participa às 10h (horário de Brasília) de conferência do Credit Suisse.  Confira os destaques:

1. Bolsas mundiais

EUA

Os índices futuros dos EUA registram leves perdas na sessão desta terça-feira, após uma sessão de recuperação, mas que não evitou um primeiro mês bastante negativo para os mercados americanos.

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Em janeiro, as bolsas dos Estados Unidos fecharam com fortes perdas, ainda influenciadas pela alta da inflação e perspectiva de mudança na política do Federal Reserve e expectativa de sucessivas alta de juros a partir de março, que levaram a um mês de janeiro volátil, apesar de uma sessão de ganhos na última segunda-feira. No mês, o S&P perdeu 5,3%, e o Nasdaq recuou 8,9%, em seus piores desempenhos desde março de 2020, no início da pandemia de coronavírus. O Dow perdeu 3,3% no mês.

No intraday da véspera,  o Nasdaq esteve a caminho de superar seu pior desempenho de mês de abertura já registrado, quando caiu 9,89% em 2008. No entanto, após seu melhor ganho diário desde março de 2021, com alta de 3,41%, fechou em janeiro com queda de 8,99%.

O movimento ocorreu uma vez que, após meses de discursos pelos membros do Federal Reserve com mensagens mais duras com relação à alta de juros, ontem, dois integrantes da autoridade monetária vieram com mensagens mais suaves, no sentido de que não pretendem interromper o crescimento americano.

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Contudo, no mês, ações de tecnologia orientadas a forte crescimento, que são especialmente sensíveis à elevação dos juros, tiveram os piores desempenhos. Entre as empresas que divulgam seus resultados nesta terça-feira está a Exxon Mobil antes da abertura do mercado, enquanto que Alphabet (controladora do Google), General Motors, Starbucks, AMD e PayPal revelam seus números após o fechamento.

Até o momento, das 172 empresas componentes do S&P que já divulgaram seus resultados, 78,5% superaram as estimativas do mercado, segundo a Refinitiv.

Veja o desempenho dos futuros americanos às 7h30 (horário de Brasília):

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Dow Jones Futuro (EUA), -0,21%
S&P 500 Futuro (EUA), -0,28%
Nasdaq Futuro (EUA), -0,12%

Ásia

As bolsas asiáticas tiveram altas na terça-feira. Algumas ações de tecnologia tiveram ganhos, como o SoftBank, que avançou 1,12%, e a Sony, que ganhou 0,39%. Na segunda-feira, a subsidiária Sony Interactive Entertainment anunciou que fechou um acordo para comprar por US$ 3,6 bilhões a desenvolvedora de games Bungie.

Os mercados da China continental, de Hong Kong, da Coreia do Sul e de Singapura continuam fechados por conta do Ano Novo Lunar, que ocorre nesta terça-feira.

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Shanghai SE (China), não abriu
Nikkei (Japão), +0,28% (fechado)
Hang Seng Index (Hong Kong), não abriu
Kospi (Coreia do Sul), não abriu

Europa

Na Europa, o índice Stoxx 600, que reúne as ações de 600 empresas de todos os principais setores de 17 países europeus, avança, com destaque positivo do setor financeiro. Na terça-feira, o banco suíço UBS divulgou queda no lucro trimestral, mas superou a expectativa de analistas e determinou novas metas de lucratividade como parte de uma atualização de sua estratégia, impulsionando seus papéis nesta terça-feira.

Foi divulgado o Índice do Gerente de Compras (PMI na sigla em inglês) industrial da Zona do Euro em janeiro, que marcou 58,7 pontos, abaixo da expectativa de 59 pontos de analistas ouvidos pela agência internacional de notícias Reuters. Qualquer patamar acima de 50 pontos indica expansão; abaixo, retração.

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Já o PMI industrial da Alemanha marcou 59,8 pontos, abaixo da expectativa de 60,5 pontos. O PMI industrial da França marcou 55,5 pontos, em linha com a expectativa. E o PMI industrial do Reino Unido pontuou 57,3, acima da expectativa de 56,9.

FTSE 100 (Reino Unido), +0,74%
DAX (Alemanha), +0,78%
CAC 40 (França), +0,85%
FTSE MIB (Itália), +0,99%

Commodities

Os preços do petróleo tiveram na segunda-feira a sua maior alta mensal em quase um ano, mas recuam nesta terça-feira. A alta da véspera ocorreu em meio a problemas de oferta e tensões na Europa Oriental e no Oriente Médio. A Rússia continua a enviar armas e tropas para a fronteira da Ucrânia, onde acredita-se que haja cerca de 100 mil soldados mobilizados.

No Oriente Médio, ameaças de novos ataques de rebeldes houthi do Iêmen aos Emirados Árabes Unidos também são um foco de tensão. Recentemente, os bancos Goldman Sachs e Morgan Stanley divulgaram previsões de que os preços do barril de petróleo ultrapassem US$ 100 neste ano, citando problemas de oferta.

A Bolsa de Dalian permanece fechada por conta do feriado do Ano Novo Lunar.

Petróleo WTI, -0,94%, a US$ 87,32 o barril
Petróleo Brent, -0,97%, a US$ 88,39 o barril
A bolsa de Dalian não abriu na segunda-feira

​​Bitcoin
Os preços do Bitcoin avançam 2,64%, a US$ 38.181,01

2. Agenda

Brasil

8h: Inflação relativa a janeiro medida pelo IPC-S
9h: Preços ao produtor de dezembro
10h: ministro da Economia, Paulo Guedes, participa às 10h de conferência do Credit Suisse.
10h: Índice do Gerente de Compras (PMI na sigla em inglês) da indústria em janeiro
15h: Balança comercial de janeiro, com previsão de déficit de US$ 167 milhões, segundo analistas ouvidos pela agência internacional de notícias Reuters
– : Primeiro dia da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central

Estados Unidos

11h45: PMI industrial relativo a janeiro
12h: Gastos com construção em dezembro, com expectativa de alta de 0,6% na comparação mensal
12h: PMI industrial ISM da indústria em janeiro, com expectativa de 57,5 pontos
18h30: Instituto Americano de Petróleo (API em inglês) divulga estoques de petróleo na semana

Volta do Judiciário

O Poder Judiciário retoma nesta semana suas atividades regulares após o recesso. Os tribunais superiores retomam nesta terça-feira suas primeiras sessões. Às 10h o Supremo Tribunal Federal realiza uma cerimônia de abertura. O evento será remoto por conta da alta recente de casos de Covid.

Há expectativa de que o presidente da Corte, Luiz Fux, realize um discurso. O presidente Jair Bolsonaro cancelou sua participação na cerimônia. Nesta terça-feira, o presidente deverá sobrevoar áreas atingidas pela chuva em São Paulo, onde são contabilizados 24 mortos.

Também estão previstos discursos do presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) Nacional, Felipe Santa Cruz, e do procurador-geral da República, Augusto Aras. Nas primeiras semanas de trabalho, a Corte deverá julgar a legalidade das federações partidárias, criadas por lei no ano passado. O tribunal também decidirá sobre um pedido do PT para prorrogar o prazo de registro dessas federações.

3. PEC dos Combustíveis

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), afirmou na segunda-feira que a PEC dos Combustíveis deverá focar apenas em óleo diesel. “Nessa questão do combustível, vim me inteirar do que se tem e está afastada a possibilidade do fundo e na questão da gasolina e do álcool aparentemente também”, disse. A fala ocorreu após Lira se reunir com o ministro da Economia, Paulo Guedes.

O governo desistiu de enviar uma proposta ao Congresso visando zerar o imposto sobre o diesel. Medidas relativas ao gás deverão ser estudadas posteriormente.

Em 2021, o governo já havia zerado alíquotas de impostos federais para o gás e a incidência de cobranças relativas ao Programa de Integração Social (PIS) e à Cofins (Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social). Agora, o presidente Jair Bolsonaro vem anunciando planos de diminuir ou até zerar impostos sobre o diesel e o gás de cozinha.

Lira também defendeu mudanças sobre a cobrança do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS). “Eu tenho batido na tecla, de maneira bem transparente, de que o ICMS não inicia os aumentos, mas é muito doloroso para o consumidor a carga tributária do ICMS em cima dos combustíveis, da tarifa de energia e de todos os fatores”, afirmou Lira.

Segundo informações do Valor, ganhou força a versão mais reduzida da PEC dos combustíveis, em que apenas os impostos federais sobre o diesel seriam zerados, com uma perda estimada de arrecadação de cerca de R$ 20 bilhões.

Possível redução do IPI

Reportagem de bastidores publicada nesta terça-feira pelo jornal Valor afirma que o governo volta a discutir a redução a zero do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), exceto para cigarros e bebidas, que é um tema antigo da agenda do ministro Paulo Guedes. Segundo o jornal, a medida seria um contraponto aos planos de governadores de conceder reajustes ao funcionalismo, e poderia contribuir para conter a inflação. De acordo com um interlocutor de Guedes ouvido pelo Valor, não é clara a posição do presidente Jair Bolsonaro (PL) sobre a proposta.

Leilão do Santos Dumont, no Rio

Na segunda-feira, o ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, afirmou que o aeroporto de Santos Dumont, do Rio de Janeiro, será leiloado isoladamente. A medida foi anunciada após mudanças promovidas por grupo de trabalho em resposta a questionamentos do governo do Rio de Janeiro.“A gente vai ter um bloco só com blocos destinados à aviação executiva, com (aeroportos de) Campo de Marte (SP) e também Jacarepaguá (RJ), um outro bloco com os aeroportos de Pará, Mato Grosso do Sul e Congonhas (SP), e Santos Dumont irá a leilão isoladamente”, disse Freitas a jornalistas em evento com a presença do presidente Jair Bolsonaro.

 Eleições

Em entrevista na segunda-feira à TV Record, o presidente Jair Bolsonaro afirmou que decidirá seu vice-presidente “aos 48 do segundo tempo”, mas que o nome não será uma surpresa.

“A gente vai escolher aos 48 do segundo tempo, porque se escolher agora você causa turbulência. Algumas pessoas estão esperando ser convidadas e obviamente a decisão como acertado com o líder do partido, o PL, o Valdemar, eu é que escolherei (…) Então, vamos esperar um pouco mais porque temos algumas coisas a passar no Parlamento ainda e não podemos ter turbulência. Algumas questões e essa PEC nossa que me permite zerar o imposto do óleo diesel no Brasil”, afirmou.

Segundo informações de bastidores reproduzidas pela agência internacional de notícias Reuters, entre os aliados do presidente a informação é que ele gostaria de ter o ministro da Defesa, general da reserva Walter Braga Netto, como vice. Mas partidos aliados, em especial PP e PL, defendem um nome político e do Nordeste, onde Bolsonaro tem sua maior rejeição.

4. Recorde de casos de Covid

​​Na segunda-feira (31), foram registrados 102.616 novos casos de Covid no Brasil. A média móvel em sete dias foi de 188.451, alta de 125% em relação ao patamar de 14 dias antes e o 14º recorde consecutivo, segundo informações do consórcio de veículos de imprensa divulgadas às 20h.

Em um dia, o Brasil registrou 442 mortes por Covid. Assim, a média móvel de mortes em 7 dias ficou em 565, alta de 205% em comparação com o patamar de 14 dias antes.

O número de pessoas que tomaram ao menos a primeira dose de vacinas atingiu 164.701.073, ou 76,67% da população. A segunda dose ou vacina de dose única foi aplicada em 149.909.574, ou 69,78% da população. E a dose de reforço foi aplicada em 45.235.017, ou 21,06% da população.

Vacinação de crianças

O Ministério da Saúde pediu ao Instituto Butantan, ligado ao governo de São Paulo, a compra de 10 milhões de doses da vacina Coronavac contra a Covid. Segundo fontes que acompanham as negociações ouvidas pelo jornal Folha de S. Paulo, o laboratório afirmou que tem o volume disponível para a entrega nos próximos dias, e deverá responder ao pedido do governo federal nesta terça-feira. A Coronavac foi incluída no dia 21 de janeiro pela pasta da Saúde na campanha de vacinação de crianças e adolescentes de 6 a 17 anos.

Covaxin

Em documento enviado à ministra do STF Rosa Weber, a Polícia Federal concluiu que não foi identificado crime de prevaricação do presidente Jair Bolsonaro no caso da compra da vacina indiana Covaxin. Weber é relatora do inquérito que corre no Supremo sobre o caso. A PF disse que não encontrou materialidade de conduta criminosa, e avaliou ser desnecessário interrogar Bolsonaro. A suspeita de prevaricação foi atribuída a Bolsonaro pelo deputado Luis Miranda (DEM-DF) e por seu irmão, o servidor da Saúde Luis Ricardo Miranda, e se tornou um tema central da CPI da Covid.

Em depoimento, o parlamentar afirmou que teria alertado Bolsonaro sobre supostos problemas na compra de 20 milhões de doses da Covaxin. Segundo o relato, o presidente teria ligado o líder do governo, deputado Ricardo Barros (PP-PR) às supostas irregularidades. Agora, Weber deve consultar a Procuradoria-Geral da República sobre o destino da apuração.

5. Radar corporativo

BRF (BRFS3)

Atenção para precificação do follow-on da BRF (BRFS3), que pode movimentar até R$  7,3 bilhões, levando em conta a colocação de lote adicional e o preço de fechamento da segunda-feira, de R$ 22,33.

Petrobras (PETR3;PETR4)

A Petrobras (PETR3;PETR4) anunciou que assinou contrato para venda do Polo Potiguar. O contrato foi assinado com a empresa 3R Potiguar S.A., subsidiária integral da 3R Petroleum Óleo e Gás S.A.

O contrato para a venda da totalidade de sua participação (100%) é de um conjunto de 22 concessões de campos de produção terrestres e de águas rasas, juntamente à sua infraestrutura de processamento, refino, logística, armazenamento, transporte e escoamento de petróleo e gás natural, localizadas na Bacia Potiguar, no estado do Rio Grande do Norte -RN, denominados conjuntamente de Polo Potiguar.

O valor total da venda é de US$1,38 bilhão, sendo US$ 110 milhões pagos hoje; US$ 1,04 bilhão no fechamento da transação e US$ 235 milhões que serão pagos em 4 parcelas anuais de US$ 58,75 milhões, a partir de março 2024.

Vale (VALE3

A Vale (VALE3) vai apresentar seus dados de produção do 4TRI21 no dia 10 de fevereiro, após o fechamento do mercado.

Já o balanço do trimestre da empresa será divulgado em 24/2, após o fechamento do mercado. A teleconferência de resultados será no dia seguinte, dia 25.

Via (VIIA3)

A VIA (VIIA3) celebrou instrumento particular de transferência de créditos tributários de ICMS, no valor total de R$ 200 milhões.

Segundo comunicado, a transação é apenas uma dentre as diversas medidas que vem  sendo adotadas pela companhia no âmbito do seu plano estratégico de monetização de créditos tributários.

A Via diz que a administração continua focada em efetivar mais alienação de créditos, otimizar fluxos operacionais internos e com terceiros, modelos de armazenagem e faturamento, além de atuar firme em todos as demais opções admitidas por lei para converter o seu saldo de créditos tributários–que em 30.09.21 era R$ 9,5 bilhões- em efetivo valor para seus acionistas

Oi (OIBR3)

A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) concedeu anuência prévia mediante imposição de condicionantes para as operações contempladas  no  Contrato de Compra e Venda de Ações e Outras Avenças, celebrado em 28 de janeiro de 2021 entre Oi Móvel S.A, Tim  S.A., Telefónica (Vivo) e Claro  S.A., na qualidade de compradoras.

O inteiro teor do ato de anuência será publicado pela Anatel no Diário Oficial da União.

“Considerando que o contrato prevê condições precedentes adicionais ao referido ato de anuência, tais como a aprovação  pelo Conselho  Administrativo  de  Defesa  Econômica -CADE, a Companhia divulgará  oportunamente o  andamento  do processo  de  aquisição contemplada no Contrato, nos termos da Resolução 44 e da legislação aplicável”, disse a Oi.

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