Bolsas da Europa fecham mistas; AstraZeneca impulsiona Londres com aval a remédio nos EUA

Na Suíça, as ações da Temenos subiram mais de 8%, em recuperação parcial das perdas após os ativos serem penalizados por um relatório da Hindenburg Research na semana passada

Estadão Conteúdo

Frasco e seringa em frente ao logo da AstraZeneca em foto de ilustração (REUTERS/Dado Ruvic)

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As bolsas europeias fecharam sem direção única nesta segunda-feira, 19, depois que os principais mercados da região acumularam ganhos por três pregões seguidos. A sessão teve agenda vazia e liquidez comprometida pelo feriado nos EUA. Em Londres, a AstraZeneca disparou e liderou o índice FTSE, após a aprovação de seu medicamento Tagrisso pela agência federal americana FDA para uso nos EUA.

Em Londres, o FTSE 100 subiu 0,22%, aos 7.728,50 pontos. As ações da AstraZeneca subiram 3,21%, após a companhia farmacêutica informar que seu medicamento Tagrisso foi aprovado pela agência federal americana FDA para uso nos EUA, em combinação com quimioterapia, para tratar um tipo de câncer de pulmão em estágio avançado.

Testes mostraram que a combinação de Tagrisso e quimioterapia reduziu o risco de progressão da doença ou de morte em 38%, em relação ao tratamento padrão, segundo comunicado do grupo farmacêutico anglo-sueco. “Esta importante nova opção de tratamento pode atrasar a progressão da doença em quase nove meses adicionais, estabelecendo uma nova referência com o maior benefício de sobrevida livre de progressão”, disse Dave Fredrickson, vice-presidente executivo da unidade de negócios de oncologia.

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Os papéis da AstraZeneca fazem parte do grupo “Granolas”, termo usado recentemente pelo Goldman Sachs na mesma linha do grupo chamado “7 Magníficas” em Wall Street para agrupar ações de empresas de grande capitalização no mercado e que têm demonstrado desempenho exponencial e acima dos índices amplos das bolsas. Além da AstraZeneca, o grupo inclui GSK, Roche, ASML, Nestlé, Novartis, Novo Nordisk, L’Oréal, LVMH, SAP e Sanofi.

O DAX, referencial de Frankfurt, recuou 0,15%, aos 17.092,26 pontos. Em Paris, o CAC 40 teve estabilidade, em 7.768,55 pontos. A França deverá registrar um crescimento mais lento este ano do que se pensava anteriormente, disse o ministro das Finanças, Bruno Le Maire, para a TF1 Info. A economia deverá crescer 1% ao longo do ano, ante estimativas anteriores de 1,4%, disse Le Maire. A guerra na Ucrânia e no Oriente Médio, as dificuldades no Mar Vermelho, o forte abrandamento na China e a recessão na Alemanha foram listados como os vetores que pesarão no ritmo da atividade francesa.

Nos demais mercados da região, o Ibex 35, de Madri, ganhou 0,59% e fechou aos 9.944,80 pontos, com a Grifols (3,39%), Telefonica (1,99%) e CaixaBank (1,74%) entre as maiores altas. As ações da Ferrovial subiram 0,98%. Analistas do UBS acreditam que a empresa tem espaço para crescer, especialmente nos EUA, o que deve elevar, significativamente, os dividendos nos próximos anos. Em Lisboa, o PSI 20 avançou 0,74%, aos 6.245,96 pontos e o FTSE MIB caiu 0,18%, aos 31.676,05 pontos.

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Na Suíça, as ações da Temenos subiram mais de 8%, em recuperação parcial das perdas após os ativos serem penalizados por um relatório da Hindenburg Research na semana passada. O grupo de análise alegou que a empresa de software fez irregularidades contábeis, o que foi refutado pela companhia.