Bolsas caem após republicanos dos EUA desistirem de plano de Boehner

Políticos dizem que não teriam votos suficientes para aprovar a medida; contratos futuros dos EUA caem forte

Fernando Ladeira

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SÃO PAULO – Os mercados acionários caem nesta manhã, mais uma vez pressionados pelo impasse entre os políticos norte-americanos para evitar um abismo fiscal no início do próximo ano.

O pessimismo dos investidores nesta sexta-feira (21) vem depois que os líderes republicanos abandonaram uma votação do Plano B formulado por John Boehner. A proposta do republicano estenderia os cortes de impostos para salários acima de US$ 1 milhão, mas após reunião no fim da última quinta-feira, os líderes republicanos disseram que não teriam votos suficientes para apoiar o plano.

Dessa forma, os mercados europeus recuam nesta manhã. O destaque fica para os índices FTSE 100, de Londres, e o DAX 30, de Frankfurt, que caem 1,0% e 0,8%, respectivamente. Na Ásia o dia também foi de perdas e os contratos futuros norte-americanos mostram forte queda, de até 1,5%, no caso dos contratos futuros do S&P 500.

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Em comunicado, Boehner disse que agora é responsabilidade de Barack Obama trabalhar em conjunto com o líder do Senado Harry Reid em alguma legislação para evitar o abismo fiscal.

Se nada for feito, um pacote de US$ 600 bilhões em corte de gastos e aumento de impostos entrará em vigor já em janeiro, o que deverá levar o país à recessão, estimam analistas.

Dessa forma, o foco do dia deverá continuar com as discussões políticas por lá. Na agenda de indicadores, às 11h30 (horário de Brasília) serão anunciadas a renda e os gastos pessoais, assim como o núcleo do PCE (Personal Consumer Expenditure), medida de inflação mais usada pelos norte-americanos, e os pedidos de bens duráveis, todos para novembro.

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Um pouco mais tarde, às 12h55, o país revela a confiança do consumidor para dezembro, medida pelo Michigan Consumer Sentiment.

Europa dá sinais de enfraquecimento
Na Europa, o Reino Unido fez um leve ajuste em seu PIB (Produto Interno Bruto) do terceiro trimestre: antes estimado em 1,0%, o dado anunciado nesta sexta-feira trouxe um crescimento de 0,9%.

Enquanto isso, a Alemanha também traz uma notícia negativa. A confiança do consumidor, medida pelo instituto de pesquisa GfK, caiu pelo quarto mês consecutivo e atingiu seu pior nível em mais de um ano.