Bolsa passa pelo seu primeiro “sell-off” em um mês; entenda o que significa

Investidores optaram por vender rapidamente os ativos que possuem, gerando um efeito de "bola de neve"

Felipe Moreno

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SÃO PAULO – O índice perdeu forças subitamente durante a tarde desta terça-feira (6), fazendo com que a queda pulasse de 1,75% para 2,45% em poucos minutos – antes de fechar em queda de 2,09%, aos 47.421 pontos. Embalados pelo pessimismo no mercado, investidores correram para vender mais ações, fazendo com que o mercado passasse pelo 1º sell-off em um mês, desde 12 de julho. 

Um “sell-off” é quando investidores optam por vender rapidamento os ativos que possuem em determinado momento, geralmente após alguma notícia negativa – ou expectativa de uma – , usualmente criando um “efeito bola de neve”, conforme as ordens de venda continuem a derrubar a pontuação do índice e ative o stop loss (ordens automáticas de liquidação) de outros investidores, impulsionando cada vez mais a queda. Isso garante a rapidez desses movimentos: nessa sessão, o índice precisou de 15 minutos para perder quase 300 pontos. 

O índice ia mostrando recuperação nas últimas semanas, mas parece ter retomado o caminho das quedas, ao fechar abaixo dos 48.800 pontos. Nessa sessão, i Ibovespa oscilou entre perdas e ganhos no começo das negociações, em meio às diversas referências positivas vindas da Europa e dos EUA, mas o discurso do presidente do Fed de Atlanta ofuscou os indicadores – ao falar que QE3 pode começar a ser retirado nas três próximas reuniões.

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Durante a tarde, o discurso de Charles Evans, do Fed de Chicago, colaborou: disse que o mercado já pode antecipar uma mudança nos estímulos na reunião de setembro. A velocidade de retirada dos estímulos norte-americanos é uma das principais preocupações do mercado, juntamente com a recuperação econômica europeia e, mais recentemente, o ritmo da desaceleração da economia chinesa. 

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