Bolsa fechando mais cedo, prejuízo da OSX e dividendo da Cemig e OPAs são destaques

Em destaque nesta sessão, a OSX informou na noite de ontem um prejuízo de R$ 2,63 bilhões no primeiro trimestre de 2014; São Martinho vê lucro encolher no trimestre

Lara Rizério

(Divulgação/Cemig)

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SÃO PAULO – Mesmo em um dia em que a Bolsa fechará mais cedo por conta do jogo Brasil e Mexico, pela segunda rodada do grupo A na Copa do Mundo, o noticiário corporativo segue movimentado. 

Em destaque, a OSX Brasil (OSXB3) informou na noite de ontem um prejuízo de R$ 2,63 bilhões no primeiro trimestre de 2014. Deste total, R$ 2,42 bilhões são atribuídos aos acionistas controladores e R$ 218 milhões aos não controladores. Esse resultado representa uma alta de 127 vezes no prejuízo da companhia, que há um ano registrou resultado negativo de R$ 20,70 milhões, sendo R$ 17,87 milhões atribuídos aos controladores.

O impacto no resultado veio da provisão para redução do valor recuperável de ativos (impairment) no valor de R$ 2,51 bilhões, sendo R$ 2,17 bilhões para Unidade de Construção Naval da OSX (UCN Açu) e R$ 345,8 milhões para a unidade FPSO OSX-2.

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Em seu plano de recuperação judicial, apresentado no mês passado, a companhia de Eike Batista propôs pagar os credores listados no processo ao longo de 25 anos, incluindo um período de carência de três anos. A companhia entrou em processo de recuperação judicial após a derrocada de sua empresa irmã, do setor de petróleo, a OGX (OGXP3), que falhou em cumprir projeções de produção, afungentando investidores.

No trimestre, a receita líquida total da OSX foi de R$ 118,1 milhões, ante R$ 96,1 milhões um ano antes. O resultado financeiro da empresa ficou negativo em R$ 108,6 milhões, ante negativo em R$ 5,8 milhões um ano antes. O Ebitda (lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) entre janeiro e março foi negativo em R$ 2,45 bilhões. Um ano antes, ficou negativo em R$ 12,3 milhões.

JBS: CVM concede registro para OPA da Excelsior
A JBS (JBSS3) afirmou que a CVM concedeu registro para OPA (Oferta Pública de Aquisição) de fechamento de capital da Excelsior Alimentos, do Grupo Seara Brasil. A JBS irá adquirir a totalidade dos papéis em circulação no mercado e até o dia 22 de junho deve ser divulgado os termos e condições da OPA.

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Banco Sofisa: CVM pede reconsideração sobre OPA
O Banco Sofisa (SFSA4) informou que sua acionista controladora pediu à CVM esclarecimento e reconsideração da decisão de que seria necessária a realização de OPA por aumento de participação. No último dia 2, a CVM determinou a realização da OPA e o envio de documentos referentes no prazo de 60 dias. A manifestação da CVM decorreu do entendimento de que os filhos da acionista controladora devem ser considerados como pessoas vinculadas à acionista controladora, bem como de que devem ser incluídas as ações recompradas pela própria companhia e aquelas detidas por seus administradores no cálculo do limite das ações em circulação que podem ser adquiridas pelo acionista controlador.

São Martinho vê lucro encolher no trimestre
A São Martinho (SMTO3) teve um lucro líquido de R$ 6,428 milhões no quarto trimestre do ano-safra 2013/14, encerrado em 31 de março, uma retração de quase 50% frente o ciclo 2012/2013.

Já o Ebitda ajustado do trimestre pelo valor dos ativos biológicos foi de R$ 157,506 milhões, registrando alta de 2,1% sobre igual período da safra 2012/13. Enquanto isso, a margem Ebitda (Ebitda/receita líquida) teve baixa de 2,1 pontos percentuais, para 33,7%. A receita líquida cresceu 8,5% no trimestre, para R$ 438,12 milhões. 

Lojas Americanas aprova emissão de R$ 950 mi em debêntures
Em reunião realizada na última segunda-feira, o conselho da Lojas Americanas (LAME4) aprovou, por unanimidade de votos e sem ressalvas, a 9ª emissão de debêntures simples, não conversíveis em ações, da espécie quirografária, em duas séries, da companhia. O valor total da emissão será de R$ 950 milhões. 

Serão emitidas 95 mil debêntures, sendo 70 mil emitidas no âmbito da primeira série de emissão e 25 mil no âmbito da segunda série. As debêntures terão valor nominal unitário de R$ 10 mil. 

Cemig informa pagamento de dividendos
A companhia energética de Minas Gerais – Cemig (CMIG4), informou em fato relevante, na segunda-feira , que pagará no dia 30 de junho, a primeira e a segunda parcela de dividendos referentes ao exercício de 2013.

Os dividendos, de R$ 1,122 bilhão, correspondem a 0,892052 real por ação e foram aprovados pela Assembléia Geral Ordinária no dia 30 de abril; receberão o provento os acionistas detentores de ações neste dia. 

Nesta manhã, a Cemig celebrou um acordo com a Gás Natural Fenosa para a criação da empresa Gás Natural do Brasil. A companhia não divulgou detalhes do acordo, mas destacou que a nova empresa será uma plataforma de consolidação de ativos e investimentos em projetos de gás natural.

HRT elege diretor jurídico
A HRT Participações em Petróleo (HRTP3) informou que, dada a quantidade e relevância dos assuntos em andamento, e a necessidade de um diretor jurídico com dedicação exclusiva à companhia, houve a deliberação sobre a criação do referido cargo para a HRT.

Dessa forma, colocada em votação, o Conselho de Administração aprovou, por unanimidade, a eleição de Ricardo Wagner Carvalho de Oliveira como diretor jurídico da companhia. Ele desempenha essas atribuições desde a última segunda e o prazo de seu mandato será unificado com os demais Diretores Executivos previamente eleitos, ou seja, até 10 de maio de 2015.

Moody’s comenta que venda de ativos da Tegma é positiva para o crédito
A agência de classificação de risco Moody’s comentou a proposta da Tegma Gestão Logistica (TGMA3) para a venda de todas as ações da sua controlada Direct Express Logística Integrada para a B2W Companhia Digital (BTOW3) por R$ 127 milhões. De acordo com a Moody’s, a venda é positiva, pois irá melhorar a posição de liquidez da empresa, reduzir sua alavancagem consolidada e melhorar os lucros no curto prazo.

Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.