Bolsa brasileira é a 2ª mais desvalorizada do mundo em 2021

Segundo levantamento da Austin Rating, a bolsa de valores brasileira, representada pelo seu principal índice, fica até agora no segundo lugar entre as maiores desvalorizações do mundo. Da lista com 79 índices de todo o mundo, o Ibovespa fica atrás em performance apenas do IBC, índice da Venezuela.

A queda de 14,41% no acumulado de dezembro de 2020 a novembro deste ano, além disso, coloca o país ainda muito atrás do desempenho de seus pares emergentes, que, em média, avançaram até agora 23% em 2023.

Fatores como a incerteza fiscal, a alta dos juros e a performance econômica do Brasil pesaram no desempenho do Ibovespa durante todo 2021.

É necessário mencionar, porém, que essa média dos emergentes é puxada, em parte, pelo desempenho de países como a Turquia, cujo índice avançou em suas moeda 54,83%, alta explicada principalmente por conta dos repasses da inflação no país. A lira turca já perdeu mais de 40% do seu valor em 2021.

Quando se leva em conta a valorização em dólar, o índice da Turquia registra queda de 31,19%, tomando, inclusive, a segunda posição do Brasil, que vai para o terceiro lugar.

Outros países emergentes, entretanto, avançaram no ano mesmo quando se levando em consideração o dólar. O MOEX da Rússia, por exemplo, teve alta de 18,53% em dólar. O índice da Argentina avançou em dólar 29,12%, mesmo com o país registrando uma inflação de quase 40% em 2021.

Já entre as maiores altas de índices, estão os de pequenos países africanos como o Zimbábue e a Zâmbia, ou asiáticos como os da Mongólia e do Sri Lanka. Os africanos cresceram em dólar, respectivamente, 307,13% e 63,84%. Os da Ásia, 104,5% e 54,3%.

A Austin Ratings comenta porém que o crescimento expressivo destes países se dá porque suas bolsas são pequenas, com poucos ativos, e com esses sendo pouco voláteis.

Confira a lista das principais variações em moedas locais:

Confira a lista das variações em dólar