Bolsa argentina avança após tombo de 38% na véspera e peso tem nova queda

Índice Merval fechou esta terça-feira em alta de 10,22% com o mercado devolvendo parte das perdas geradas ontem após o resultado das primárias presidenciais

Anderson Figo

A ex-presidente argentina Cristina Kirchner

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SÃO PAULO — O principal índice de ações da bolsa argentina, o Merval, fechou esta terça-feira (13) em forte alta de 10,22%, aos 30.344 pontos, devolvendo parte das perdas registradas na véspera (38%). 

Logo na abertura dos negócios, o índice indicou alta de 4,80%. Na máxima da sessão, o Merval chegou aos 31.011 pontos. Ainda assim, o índice devolveu muito pouco da perda de quase US$ 24 bilhões de valor de mercado registrada ontem, quando os investidores avaliaram o resultado das eleições presidenciais primárias no país. Toda a bolsa argentina ontem valia menos do que o Santander Brasil.

A apuração dos votos na Argentina mostrou apoio de 47% dos eleitores à dupla Alberto Fernández e Cristina Kirchner, enquanto o atual presidente Mauricio Macri ficou com 32% dos votos. Cristina governou o país entre 2007 e 2015 e adotou um modelo econômico que praticamente afundou a economia argentina para a crise que ainda se encontra. Seu comando foi marcado pela estatização de empresas e manipulação de dados oficiais, por isso a volta do kirchnerismo preocupa os investidores. 

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As ações dos bancos argentinos foram as que mais caíram ontem e, hoje, se recuperaram na bolsa de Buenos Aires. Os papéis do Grupo Financiero Galicia subiram 8,77%, enquanto os do Banco Macro tiveram ganho de 16,8%. Já as ações da estatal de petróleo YPF subiram 5,01%, seguindo os papéis do Mercadolibre (10,5%).

Os ADRs (recibos de ações) argentinos negociados nas bolsas dos Estados Unidos também mostraram recuperação nesta terça. Os papéis do Grupo Financiero Galicia ganharam 2,9% na Nasdaq, enquanto os do Banco Macro subiram 3% na NYSE. Os ADRs da YPF e do Mercadolibre também fecharam no azul, com ganhos de 3,18% e 2,23%, nesta ordem.

No câmbio, o peso argentino, que despencou até 30% no intraday de ontem e fechou em queda de 16%, ampliou hoje sua perda. A moeda argentina caiu 4,76% ante o dólar americano, que valia 55,65 pesos argentinos. 

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 O CDS (título que serve de referência para o risco de calote dos países) da Argentina continuou em alta. O índice ontem dobrou de valor e fechou acima dos 2 mil pontos. Hoje, fechou em 2.790 pontos. Quanto mais perto de zero, menor é o risco de calote do país. O do Brasil, por exemplo, está em 134 pontos. 

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