BofA Merrill Lynch revê estratégia do trimestre, mas conserva cautela com EUA

Dez especialistas do banco se reúnem para classificar setores em todo o mundo; desemprego é lembrado com preocupação

Thiago Gomes Amorim

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SÃO PAULO – A disponibilidade de recursos para serem aplicados em posições mais rentáveis motivou a equipe do Bank of America Merrill Lynch a revisar sua estratégia global de investimentos.

Na última sexta-feira (2), o banco norte-americano redefiniu suas estratégias e elevou para overweight (acima da média) o setor de Metais & Mineração, esperando betas elevados. As projeções para o quarto trimestre não são tão animadoras para o setor de Alimentos, Bebidas & Tabaco, que não teve a mesma sorte na recomendação.

A equipe de analistas classificou como underweight (abaixo da média) as empresas de Alimentos, Bebidas & Tabaco, diante da possibilidade de ocorrerem eventos de grande risco e de baixa rentabilidade até o final do ano.

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O setor de Oleodutos partiu de underweight para overweight, enquanto o de Telecom caminhou na direção oposta, ficando com a classificação “abaixo da média”. Bancos, seguradoras, empresas de Saúde e de Tecnologia não tiveram a classificação alterada, sendo os dois primeiros mantidos em overweight, e os dois últimos em underweight.

Outros setores

As decisões de sexta-feira se estenderam a outros segmentos, envolvendo ainda o posicionamento dos analistas do BofA em relação ao setor Aéreo & Defesa e Industrial. Em ambos os casos, as posições foram revistas para baixo, indo de marketweight (em linha com o mercado) e overweight, para underweight e marketweight, respectivamente.

Os dez especialistas do banco, que pertencem a unidades nos EUA, Hong Kong, Reino Unido e Austrália, optaram por mudar ainda o posicionamento em Petróleo & Gás e no setor Imobiliário, estimando rendimentos maiores nos dois segmentos. Quando à classificação, ambos partiram de underweight para marketweight.

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Cautela

O grupo reiterou seus comentários a respeito da economia mundial e disse continuar preocupado com os EUA, apesar dos sinais de melhora no país. “Nós preferimos manter a cautela em relação ao consumo norte-americano, enquanto nossos economistas apontam as dificuldades que o desemprego elevado pode causar”, concluiu o banco.