Após um ano do IPO, Boa Safra (SOJA3) expande operação e lança Fiagro com Suno

Fundo teve registro aprovado pela CVM e as cotas devem estar disponíveis em cerca de 90 dias após integralização do capital

Equipe InfoMoney

Boa Safra SOJA3 Divulgação

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Com um ano de listagem na bolsa, a Boa Safra (SOJA3) completa este período como empresa de capital aberto lançando um Fundo de Investimento nas Cadeias Produtivas Agroindustriais (Fiagro) em parceria com a Suno Asset, sob o ticker SNAG11. A modalidade é semelhante a de um fundo imobiliário (FII), possibilitando a investidores brasileiros aportarem recursos no agronegócio com mais facilidade.

O fundo híbrido (CRA + Imobiliário) é gerido pela Suno e tem previsto um montante inicial de investimento de R$ 150 milhões. Assim, a Boa Safra ganha acesso a um funding competitivo para suas operações, sem comprometer seu capital de giro, enquanto os investidores passam a contar com uma aplicação rentável, de baixo risco, com dividendo recorrente e estrutura fiscal moderna.

O fundo já teve o registro de criação aprovado junto à CVM e as cotas devem estar disponíveis para negociação no mercado em aproximadamente 90 dias após a integralização do capital. Hoje, as ações da Boa Safra (SOJA) fecharam com valorização de 4,95%, cotadas a R$ 13,15.

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“O Fiagro tem uma vantagem muito grande que é a isenção de IR. Ou seja, quem investir no nosso Fiagro terá rendimento similar à renda fixa, lastreado no CDI. Temos um target de CDI + 3% isento de IR. Então é uma boa oportunidade para os investidores”, diz Marino Colpo, CEO da Boa Safra.

Segundo Tiago Guitián dos Reis, fundador da Suno, o Fiagro contempla as mesmas vantagens de um FII, sobretudo no que se refere à liquidez. “Acreditamos que o agronegócio brasileiro é competitivo e a próxima fronteira de seu crescimento vai ser a da maior integração com o mercado de capitais”, disse.

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Boa Safra um ano na bolsa

Segundo Marino Colpo, desde o IPO, a empresa de produção de sementes de soja ampliou sua fatia de mercado de 5,7% em 2020 para 6,1% em 2021, ano em que atingiu uma receita líquida de R$ 1,044 bilhão, 78% superior a 2020.

A principal aposta da Boa Safra no último ano foi consolidar seu plano de expansão. Parte dos recursos do IPO foi destinada à ampliação da capacidade produtiva.

Desde então, segundo a empresa, foram três grandes projetos: expansão da filial de Buritis, em Minas Gerais, e da terceira linha de produção da unidade de Cabeceiras, em Goiás, além da expansão da unidade de Jaborandi, na Bahia, que está na reta final.

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Já em 2022, a empresa tem outros três projetos em andamento: a construção de Centros de Distribuição (CD) em Sorriso, no Mato Grosso, e em Balsas, no Maranhão, e o início das obras de uma Unidade de Beneficiamento de Sementes (UBS) em Primavera do Leste, no Mato Grosso.

Segundo o CEO, com esses investimentos, a empresa vai se aproximar ainda mais dos principais polos produtores de soja do país.

No mais, as obras ampliam substancialmente a capacidade instalada da Boa Safra – saltando de 100 mil de big bags (de aproximadamente 1.000 kg de sementes cada) em 2020 para cerca de 170 mil de big bags até o final de 2022.

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