BNDES pode vender fatia da Tietê para AES; repercussão da saída do CEO do BB, lucro da Hypera sobe 18% e mais notícias

Confira os destaques do noticiário corporativo na sessão desta segunda-feira (27)

Equipe InfoMoney

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SÃO PAULO – O noticiário corporativo na sessão desta segunda-feira tem como destaque a repercussão da saída do presidente do Banco do Brasil e as especulações sobre o seu substituto.

Também é esperado que o BNDESPar decida sobre a venda de sua fatia na AES Tietê, que está sendo disputada, por enquanto, por Eneva e AES Corp. A proposta escolhida deve ser a da empresa americana, segundo informações do jornal O Globo. Já o BTG fez proposta por uma parte do capital da área de fibra ótica da Oi, segundo o Valor Econômico.

Na temporada de balanços, a Hypera registrou crescimento do lucro e o Carrefour divulga seu resultado do segundo trimestre após o fechamento dos mercados. Confira os destaques:

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Banco do Brasil (BBAS3)

Após a renúncia de Rubem Novaes na sexta-feira à noite, cresce a expectativa em relação ao nome de quem irá assumir o Banco do Brasil. O atual presidente fica no cargo até o próximo dia 6.

O novo executivo terá que enfrentar discussões sobre a venda de ativos do banco e a estratégia digital, segundo reportagem do jornal “Valor Econômico”.

Entre os cotados para o cargo está Hélio Magalhães, presidente do conselho de administração e que já dirigiu o Citi no Brasil.

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O anúncio da saída de Novaes pegou a cúpula e os funcionários do banco de surpresa. O executivo teria alegado cansaço e a percepção de que é preciso passar o bastão para alguém mais ligado às inovações tecnológicas.

De acordo com o Credit Suisse, a notícia é marginalmente negativa, destacando que Novaes era um defensor aberto da privatização. Já a XP Investimentos destacou a notícia como negativa, principalmente pelo momento da renúncia, às vésperas da divulgação do balanço, em um momento de crise econômica do país afetando os bancos e sem a devida transição, sem que haja um substituto ou interino a serem selecionados. Veja mais clicando aqui. 

AES Tietê (TIET11) e Eneva (ENEV3)

Sobre a venda das ações que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) possui na AES Tietê, a expectativa é que o banco de fomento sinalize preferência pela proposta da AES Corp, segundo reportagem do jornal “Valor Econômico”. A outra empresa na disputa é a brasileira Eneva.

A AES apresentou oferta por 18,5% da Tietê, do total de 28,41% detido pelo banco de fomento. Essa fatia equivale a R$ 1,27 bilhão que seriam pagos em dinheiro e, por isso, agradado ao BNDES. Já segundo o jornal O Globo, o banco de fomento já teria decidido vender as ações para a AES.

Oi (OIBR3;OIBR4)

Ainda entre as aquisições, o BTG fez uma proposta pela área de fibra ótica da Oi, que vale em sua totalidade R$ 25,5 bilhões. A proposta do BTG prevê a compra de 25% do capital total e 51% do capital votante da unidade produtiva isolada (UPI) InfraCo, cuja infraestrutura tem cerca de 400 mil quilômetros de fibra, segundo o Valor Econômico.

O JP Morgan elevou a recomendação a Oi para “neutro”, levando em conta as ofertas para a venda a unidade de telefonia móvel. O preço-alvo, levanto em consideração o cenário base, foi fixado em R$ 1,70.

“Parece provável que uma venda ocorra acima do mínimo de R$ 15 bilhões, contra nossas expectativas anteriores de R $ 13,5 bilhões”, avaliou o banco americano, em relatório.

O JP trabalha com três cenários: venda por R$ 15,5 bilhões, R$ 17 bilhões (cenário base) e R$ 20 bilhões. Para a área de infraestrutura, o banco assumiu um cenário base de R$ 22 bilhões.

Weg (WEGE3)

O JP Morgan elevou a recomendação da Weg de “neutro” para “overweight” e o preço-alvo para dezembro de 2021 passou de R$ 60 para R$ 76. A revisão é baseada nos últimos resultados da empresa, que mostrou expansão de 36% no Ebitda no segundo trimestre.
“Nossa atualização também reflete a capacidade da Weg de continuar encontrando novos caminhos de crescimento, como demonstrado por recentes fusões e aquisições e iniciativas na frente do setor 4.0; as tendências crescentes de eletrificação à medida que o mundo se move para baixas emissões de carbono; o tamanho relativamente pequeno da WEG em relação aos pares, o que, a nosso ver, permitirá que a empresa cresça mais rapidamente”, explicaram, em relatório, os analistas do JP Morgan.

Hypera (HYPE3)

E na temporada de balanços, a farmacêutica Hypera registrou lucro líquido de R$ 396,4 milhões no segundo trimestre, uma alta de 17,6% na comparação com igual período do ano passado.

A receita líquida ficou em R$ 1,05 bilhão no período, uma alta de 7,9% no comparativo anual.

A companhia divulgou ainda as estimativas de desempenho para 2020, baseada nos impactos da epidemia de Covid-19, variações cambiais, maior endividamento e incorporação de resultados da aquisição recente da família de medicamentos Buscopan a seu portfólio. Com isso, a receita líquida no ano chegaria a R$ 4 bilhões, ante R$ 3,3 bilhões em 2019. Já o lucro líquido seria de R$ 1,3 bilhão, uma alta de 9%.

Na avaliação dos analistas do Bradesco BBI, os resultados mostram que a companhia adotou a estratégia correta e ainda tem um potencial positivo com a integração do Buscopan. Ainda assim, a ação da empresa segue com recomendação “neutra” (preço-alvo de R$ 38). “Observamos que pode haver uma dificuldade maior em lidar com a necessidade de investimento em marketing para não perder participação de mercado e ainda enfrentando pressão do dólar nos próximos meses”, avaliaram, em relatório a clientes.

Para o Itaú BBA, a empresa compensou a margem bruta mais fraca que o esperado com uma menor despesa com marketing. “Por enquanto, mantemos nossa classificação em “market perform”, pois acreditamos que a avaliação de Hypera não é uma pechincha e que existem propostas melhores de recompensa de risco na área de saúde”, segundo relatório da instituição financeira.

Rumo (RAIL3)

A Rumo contratou cinco bancos (Bradesco, BTG Pactual, Itaú BBA, Banco do Brasil e Safra) para coordenar uma oferta primária de ações, segundo reportagem do jornal “Brazil Journal”. Os recursos seriam utilizados no plano de investimentos da operadora ferroviária.

A reportagem afirma que a oferta deixará a Rumo mais preparada para os leilões de concessões. Dos R$ 232 bilhões previstos, uma fatia de R$ 74 bilhões envolve ferrovias, portos e terminais.

Na manhã desta segunda-feira, a companhia divulgou um comunicado ao mercado que convocou uma Assembleia Geral Extraordinária (AGE) para o dia 14 de agosto. Entre os temas, está a aprovação da alteração do capital autorizado da companhia, de modo que o capital social possa ser aumentado em até R$ 7 bilhões.

Shoppings

A Multiplan concluiu a venda de edifício por R$ 810 milhões e anunciou a retomada da operação do Jundiaí Shopping. Já a Aliansce Sonae retomou a operação No Shopping Bahia. O Iguatemi, por sua vez, reabre 3 shoppings em São Paulo em 27 de julho.

Cesp (CESP6), Ômega (OMGE3) e Engie (EGIE3)

O Credit Suisse reforçou a recomendação de “outperform” para três empresas que atuam na área de geração e comercialização de energia: Cesp, Engie e Ômega. “Em geral, essas empresas estão se saindo bem ao adotar o movimento de transição energética, adicionando instalações “verdes”, mais “trading”, aumento da rede elétrica e redução de custos para enfrentar os novos desafios impostos pelas mudanças”, segundo relatório da instituição financeira.

Para a Omega, o preço-alvo foi fixado em R$ 39,60. A expectativa é de aumento do crescimento de fontes renováveis.

Já o preço-alvo da Cesp está em R$ 34,90, que pode ter desempenho melhor em termos de custo, maior reembolso de ativos antigos e melhor potencial de valorização. “A companhia está altamente contratada até 2023 (sem exposição a curto prazo a queda de preços) e deve focar agora em acelerar capacidade da comercializadora”, avaliou o Credit.

O preço-alvo da Engie está em R$ 50. A instituição financeira destacou o bom fluxo de dividendos da companhia e ativos de energia renovável entrando em operação em 2021 e 2022.

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