BM&FBovespa quer estimular confiança de investidores nas estatais

"O apoio do governo será decisivo para que essa iniciativa tenha sucesso. Faz parte do compromisso institucional da Bolsa o desenvolvimento do mercado de capitais e a indução de melhores práticas de governança corporativa", disse o presidente da BM&FBovespa, Edemir Pinto

Estadão Conteúdo

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O presidente da BM&FBovespa, Edemir Pinto, disse nesta quarta-feira, 22, que o programa de governança de companhias estatais, que entra hoje em fase de audiência restrita, tem como um dos objetivos o estímulo da confiança dos investidores nas empresas estatais. “O apoio do governo será decisivo para que essa iniciativa tenha sucesso. Faz parte do compromisso institucional da Bolsa o desenvolvimento do mercado de capitais e a indução de melhores práticas de governança corporativa”, disse.

O Diretor do Departamento de Coordenação e Governança das Empresas Estatais do Ministério do Planejamento, Murilo Francisco Barella, disse que o governo dá seu apoio público ao programa da Bolsa. “Há uma convergência com os esforços que estamos tendo da perspectiva do Ministério do Planejamento. Esses esforços existem há alguns anos e essa iniciativa da Bolsa vai convergir esforços que estavam andando em paralelo”, destacou.

Já Nina Maria Arcela, assessora de assuntos de empresas vinculadas do Ministério da Fazenda, falou que agora a expectativa está em torno das discussões que terão início neste momento e que se espera ainda que outras esferas públicas – Estados e Municípios – também se posicionem em relação ao projeto. “Do ponto de vista do mercado será um grande salto de qualidade”, disse.

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O presidente da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), Leonardo Pereira, lembrou que não são esperadas mudanças no curto prazo, mas que o projeto é importante no sentido de trazer mais segurança e proteção ao investidor. “Estamos vivendo um momento de transição e reflexão sobre o papel do mercado de capitais, que é cada vez mais necessário e que tem que ser visto como uma forma complementar de financiamento”, disse , lembrando que estruturas de governança são necessárias para todas as empresas, e não apenas as estatais.

“É um compromisso da CVM trabalhar junto com a Bolsa e entendemos que um projeto como esse não se faz sozinho e todos os agentes do mercado precisam estar mobilizados. Os resultados não devem vir imediatamente, mas queremos um mercado de capitais com outras questões daqui dez anos”, destacou.