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SÃO PAULO – À luz da cobrança do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) de 2% sobre o capital estrangeiro, a BM&F Bovespa (BVMF3) apresentará até a próxima quinta-feira (22) uma contraproposta ao governo, segundo listado por Edemir Pinto, presidente da instituição.
Durante entrevista à agência de notícias Reuters, Edemir classificou a medida como “fogo amigo”, visto que penaliza o mercado de capitais. Além disso, o presidente se viu surpreendido com a imposição da alíquota. “Tive conhecimento pela imprensa”, afirmou.
Somente na saída
Dentre as propostas que a instituição pretende apresentar ao governo, destaque para a aplicação do IOF na saída dos dólares, cobrando 2% para o capital que permanecer no País por 30 dias, de 1,5% para o que ficar de 30 a 60 dias, de 1% para o prazo de 60 a 90 dias e de 0,5% para 90 a 180 dias.
Não perca a oportunidade!
“Após 180 dias já representa investimento de médio e longo prazo, que não precisariam pagar o imposto”, completou Edemir, que avaliou a medida do governo como “errada”, caso a intenção for impedir o capital especulativo.
Deixar no exterior
Outra proposta é o governo autorizar a permanência no exterior dos capitais que ingressam no país, a fim de cobrir as margens de garantia das posições de não-residentes. “Isso tiraria a pressão desse fluxo”, argumentou.