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Não será a melhor Black Friday de todos os tempos, mas também não decepcionará. Com o setor buscando estabilidade financeira, evento deve ser marcado por descontos menos agressivos. A Black Friday acontece nesta sexta (29).
Danniela Eiger, head de varejo da XP, participou nesta terça (26) do programa Morning Call da XP e crê que as categorias de tíquete menores serão mais favorecidas nessa Black Friday por conta do patamar de juros, do nível de endividamento dos consumidores e a racionalidade do setor.
Sem promoções agressivas
“A gente não acha que Magazine Luiza (MGLU3) e Casas Bahia (BHIA3) vão fazer promoções muito agressivas, até porque elas já fizeram ajustes importantes de estoque”, disse. “No ano passado, por exemplo, a Casas Bahia estava bastante agressiva porque ela vinha fazendo ajustes. Então, esse ano, ela tem até uma base difícil em termos de crescimento, mas a rentabilidade deve vir de forma positiva”, avaliou.
Segundo a analista, o tíquete médio na Black Friday desse ano deve ser menor. “Fica mais difícil ter um crescimento porque precisa vender muito para que isso impacte positivamente”, analisou. “A gente vê uma Black Friday com um tíquete mais baixo, mas que tenha sim um movimento favorável”, acrescentou.
Daniella Eiger aponta que a Black Friday tem sido muito importante para o setor. “Tem empresas que o evento acaba sendo mais relevante, como é o caso das empresas de duráveis e de e-commerce”, explicou. “O próprio evento tem ganhado muita tração no Brasil nos últimos anos junto com as festas de final de ano”, complementou.
Consumidor sem dinheiro sobrando
“Nossa visão para essa Black Friday é que ela seja positiva. A gente já vê alguns indicativos que se espera um crescimento no online, uma estabilidade olhando para o varejo como um todo porque tem uma base (do ano passado) um pouco mais fraca”, ressaltou.
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“Se teve uma dinâmica de inflação controlada ao longo do ano, então o poder de compra do consumidor não está extremamente apertado, mas ele não vê dinheiro sobrando”, disse.
A analista da XP conta que as pesquisas apontam intenção de compra positiva na Black Friday desse ano, “mas também não é uma garantia porque eles estão muito atentos a preços”. “Por outro lado, a gente vê as empresas muito preocupadas com a rentabilidade, em equilíbrio de estrutura de capital, então imaginamos um evento mais racional, que não tenha grandes promoções”, afirmou.
“A gente imagina um evento positivo, mas não será o melhor Black Friday de todas”, finalizou.