Criptomoeda criada por brasileiros promete investimento em imóveis com segurança

Criada por um grupo de empreendedores brasileiros no Crypto Valley da Suíça, a Dynasty tem foco no mercado imobiliário

Rodrigo Tolotti

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SÃO PAULO – O crescimento das criptomoedas nos últimos anos ajudou a expandir as possibilidades deste mercado, que deixou de ser visto apenas como um conjunto de ativos de grande risco e volatilidade, pensados em ser meios de pagamento.

O uso da tecnologia blockchain mostra que existem muitas outras possibilidades neste meio, e a Dynasty é um exemplo de que as moedas digitais vão muito além do Bitcoin.

Criado por um grupo de empreendedores brasileiros no Crypto Valley – uma área de ecossistemas tecnológicos localizada em Zug, na Suíça -, este criptoativo tem foco no mercado imobiliário.

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No mais recente programa Bloco Cripto, Eduardo Carvalho, sócio fundador da Dynasty, explicou que a ideia surgiu quando ele e seu sócio Fabio Asdurian viram que tinham um problema em seu portfólio, que estava sem liquidez no fim de 2015. E a melhor solução encontrada pela dupla foi no mercado de ICOs (Oferta Inicial de moedas, na sigla em inglês). Confira a entrevista completa no player acima.

Foi então que nasceu o projeto da Dynasty, que buscava unir o lado tecnológico das criptomoedas com o “mundo real” do mercado imobiliário. Basicamente, a ideia da moeda é ser usada para aquisição de ativos ao redor do mundo, com seu preço lastreado nestes imóveis, que dão uma garantia para o investidor.

“Se for para comparar com o Bitcoin, o que a gente utiliza é a tecnologia. O blockchain, que é a questão da imutabilidade dos registros, você ter os registros de todas as transações, operações, mapeamento das carteiras, você sabe do começo ao fim todas as transações que ocorreram. Então você tem a tecnologia do Bitcoin aliada ao negócio da nossa empresa”, explica Carvalho.

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Seguindo padrões e regras do mercado suíço, a Dynasty tem um processo um pouco mais burocrático (e seguro) para que o investidor possa comprar seus tokens. Carvalho afirma que é preciso preencher um formulário digitalizado simples e que há uma análise de perfil e dos recursos que serão investidos antes da liberação da moeda digital.

“Existe uma política de antilavagem de dinheiro e evitar que qualquer dinheiro de fonte ilícita caia na companhia, então para isso a gente segue as normas internacionais e principalmente de acordo com a norma suíça. Esse é um grande diferencial nosso”, afirma ressaltando um possível uso institucional do D¥N.

O token ainda não está disponível, mas segundo Carvalho há uma expectativa de que em torno de dois meses a empresa receba a última aprovação que falta dos órgãos reguladores suíços, para então dar início à oferta pública para lançar os ativos no mercado.

Ele explica ainda que este ativo não é como um “fundo imobiliário” já que o investidor não tem ligação direta como em um fundo deste tipo. Por outro lado, há uma garantia com os ativos que fazem parte do portfólio. “Qualquer problema de liquidez da moeda, nós somos obrigados a garantir o volume de liquidez, há uma série de benefícios em relação aos tokens de hoje”, afirma.

Carvalho lembra que por conta da grande volatilidade, há um risco para o próprio investidor de, ao demorar para fazer uma operação de compra e venda de Bitcoin ou outra moeda digital, acabar perdendo dinheiro. “No nosso caso, como você tem uma referência de um ativo imobiliário, a tendência é que seja mais linear a valorização com o tempo”, diz.

Sobre o portfólio, ele afirma que já está tudo pronto, que foi o “problema” com a liquidez destes ativos que fez a Dynasty buscar a solução no mercado de criptoativos.

“A gente só pegou empreendimentos AAA, em cidades também AAA, a gente tem o check de todos os inquilinos, sabemos a duração do contrato, as multas, temos opções de compra de diversos imóveis tanto no Brasil quanto fora”, explica Carvalho.

Para quem se interessar, apesar de não ter a opção de investimento no Brasil, qualquer pessoa fora da Suíça pode comprar os tokens. É preciso apenas preencher um formulário disponibilizado pela empresa, sendo que o valor mínimo para compra é de uma unidade da D¥N, que segundo Carvalho deve ficar em torno de 30 francos suíços, que hoje equivalem a cerca de R$ 119.

“A pessoa que quer entrar neste ambiente cripto, mas não quer ter uma exposição ao risco do Bitcoin ou de outros tokens que têm por aí, quer ter uma exposição de risco mais alinhada com o mercado imobiliário, ele vai adquirir o nosso token”, conclui Carvalho.

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Rodrigo Tolotti

Repórter de mercados do InfoMoney, escreve matérias sobre ações, câmbio, empresas, economia e política. Responsável pelo programa “Bloco Cripto” e outros assuntos relacionados à criptomoedas.