Bitcoin ultrapassa os US$ 100 mil pela primeira vez na história

No ano, a criptomoeda já subiu mais de 140%

Equipe InfoMoney

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O preço do Bitcoin (BTC) disparou e ultrapassou pela primeira vez a aguardada marca de US$ 100 mil nesta quarta-feira (4). O movimento de alta se intensificou durante a madrugada e o preço chegou a bater US$ 103.670 pouco após a meia-noite. Às 6h41 desta quinta, o ativo era negociado a US$ 102.726, com alta de 5,9% nas últimas 24 horas.

O recorde dos US$ 100 mil ocorreu horas depois de Donald Trump, presidente eleito dos EUA, anunciar a indicação de Paul Atkins como presidente da Comissão de Valores Mobiliários americana (SEC, na sigla em inglês), uma decisão vista como positiva para a indústria de criptomoedas. Ele substitui Gary Gensler, que vinha promovendo uma política de repressão às moedas digitais.

A chegada na marca dos US$ 100 mil já era esperada desde as eleições presidenciais nos EUA. Isso porque há grande expectativa de que Trump estabeleça diversas iniciativas favoráveis ao criptoativo, como o estabelecimento de uma reserva estratégica nacional de Bitcoin, isenção de impostos sobre transações de criptomoedas e a abertura dos mercados de ações públicas para o setor cripto com mais IPOs.

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No ano, o Bitcoin já subiu mais de 140%.

Trump e as criptomoedas

Antigo crítico do setor, o republicano abraçou de vez a indústria cripto neste ano e fez várias promessas durante a campanha que agradaram o mercado, como transformar o país em uma “suporpotência” das criptomoedas e criar uma reserva em BTC. Ainda não se sabe se as promessas vão se concretizar, mas a equipe de transição de Trump já iniciou discussões sobre a criação de um cargo na Casa Branca dedicado exclusivamente à política de ativos digitais.

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O preço do Bitcoin vem reagindo a essas expectativas, e vem subindo a cada nova notícia que corrobore o otimismo com o novo governo, ou com o próprio Trump. Isso porque um dos saltos veio após o Financial Times noticiar que a Trump Media estaria em negociações para adquirir a Bakkt, uma empresa de trade de criptoativos.

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Além disso, a MicroStrategy, maior detentora corporativa de Bitcoin do mundo, com mais de US$ 40 bilhões em reservas do ativo digital, segue comprando a criptomoeda por meio da emissão de dívida – da última vez, de US$ 2,6 bilhões. A procura por suas ações tem sido tão grande a ponto de desafiar os limites de risco na operação de ETFs alavancados.

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Outro impulsionador para o Bitcoin são os ETFs da criptomoeda lançados no começo do ano. Apenas no dia das eleições americanas, 12 fundos do tipo receberam US$ 5,8 bilhões em aportes líquidos (descontados os resgates), e alcançaram US$ 100 bilhões de patrimônio conjunto. Para alguns agentes de mercado, o acesso ao Bitcoin promovido pelos ETFs é o principal catalisador de preços.

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