Bitcoin supera US$ 46 mil e bate máxima em quase 3 meses; o que esperar do preço no curto prazo?

Superada a marca de US$ 44 mil, Bitcoin agora tende a buscar novas altas no curto prazo, apontam analistas

Rodrigo Tolotti

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SÃO PAULO – Após iniciar um movimento de alta no fim da semana passada, o Bitcoin ganhou força durante o fim de semana e encostou na marca dos US$ 46 mil, seu maior valor desde maio.

Às 16h15 (horário de Brasília), a maior criptomoeda do mundo operava com alta de 6,9%, cotada a US$ 46.365, sua máxima desde 16 de maio. Em reais, os ganhos eram de 6,3%, para R$ 242.071.

Esse maior otimismo no mercado ocorre após um período de forte queda do Bitcoin, em um cenário de maior temor dos investidores após a China elevar sua perseguição aos mineradores e empresas de lidam com criptoativos, combinado com falas do CEO da Tesla, Elon Musk, comentários de integrantes de diferentes governos mostrando preocupação com as moedas digitais, entre outras notícias mais pontuais.

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Recentemente, o hash rate, que mede a energia computacional usada na mineração de bitcoins, voltou a aumentar após desabar entre maio e junho, indicando que os mineradores expulsos da China já começaram a se realocar em outras regiões, ajudando a acalmar os temores de alguns investidores.

Outro ponto positivo para o mercado como um todo foi a atualização da rede Ethereum na semana passada, com novidades que reduzem as taxas do sistema e contribuem para tornar a blockchain mais eficiente.

“A principal criptomoeda do mercado acompanhou o otimismo dos investidores em relação à atualização de rede Ethereum, que também está em alta. A pressão para comprar criptomoedas e a atualização da Ethereum, pode manter o Bitcoin em alta nos próximos dias”, afirma Bernardo Teixeira CEO da BitcoinTrade.

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Nesta tarde, o Ethereum opera com alta de 7,6%, cotado a US$ 3.175.

Sobre a continuidade desse movimento de alta do Bitcoin, Safiri Félix, diretor de produtos e parcerias da Transfero, afirma que após o rompimento da marca de US$ 44 mil, os gráficos não apontam muita resistência para que uma valorização maior ocorra.

“Perspectiva agora é buscar os US$ 50 mil, e firmando esse patamar o próximo alvo passa a ser a máxima do ano, em US$ 65 mil”, explica Félix citando o nível em que até o momento é a máxima histórica do Bitcoin, de US$ 64.863, atingido em 14 de abril deste ano.

Recentemente, um relatório publicado pela equipe de análise da Bloomberg aponta fatores positivos que poderiam levar o Bitcoin para US$ 100 mil em breve, em um cenário principalmente favorecido por mais empresas aceitando a criptomoeda.

Mike McGlone, analista responsável pelo relatório, afirma que o Bitcoin e o Ethereum encontraram um forte suporte nos últimos meses e que agora estão em uma fase de alta.

“O Bitcoin parece ter encontrado suporte em torno da marca de US$ 30 mil, assim como fez em US$ 4 mil no início de 2019. Vemos paralelos com esses eventos e, aparentemente, o bitcoin pode chegar a US $ 100 mil”, diz McGlone citando a forte correção dos preços há pouco mais de dois anos, para então engatar uma sequência de máximas ano passado.

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Rodrigo Tolotti

Repórter de mercados do InfoMoney, escreve matérias sobre ações, câmbio, empresas, economia e política. Responsável pelo programa “Bloco Cripto” e outros assuntos relacionados à criptomoedas.