Bitcoin pode cair no curto prazo, mas é grande oportunidade para 2020, diz especialista

Gráficos indicam possibilidade de queda dos preços, mas o chamado halving no ano que vem pode levar o Bitcoin para cima no médio e longo prazo

Rodrigo Tolotti

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SÃO PAULO – Após uma forte queda no fim de outubro, o Bitcoin se estabilizou em uma faixa de preço entre US$ 7 mil e US$ 8 mil, o que pode desanimar alguns investidores. Porém, para o coach neurofinanceiro e especialista em criptoativos, Rodrigo Miranda, 2020 deve marcar uma arrancada nos preços da moeda digital.

O principal fator para este otimismo é a ocorrência do chamado halving, quando a recompensa dos mineradores cai pela metade. Este evento ocorre a cada 210 mil blocos minerados, o que ocorre a cada quatro anos, mais ou menos.

Atualmente, para cada bloco minerado, o prêmio é de 12,5 bitcoins, valor que cairá pela metade em meados de 2020. “Se a oferta cair, mesmo que a demanda continue igual está hoje, a tendência é que o valor do Bitcoin irá subir”, afirma Miranda.

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“Ganho passado não é garantia de retorno futuro, mas no caso do Bitcoin algumas coisas são diferentes e com esta mudança na oferta, temos uma oportunidade pela frente”, explica o especialista.

O Bitcoin caminha para fechar o ano com uma valorização acima de 100%, e em muitos momentos, analistas apontaram a proximidade do halving com explicação para os ganhos. Porém, Miranda afirma que realmente a criptomoeda tem um histórico de altas antes da redução da recompensa, mas que os ganhos não são tantos, e, por isso, a expectativa é de uma alta mais expressiva quando o halving realmente acontecer.

Hora de comprar Bitcoin?

Para Miranda, o Bitcoin está neste momento em um canal de baixa e, pelo cenário gráfico, ainda tem espaço para cair mais um pouco no curto prazo. Por outro lado, ele reforça que o preço entre US$ 5 mil e US$ 7 mil é “bom para compra”.

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Ele lembra que a melhor estratégia não é entrar aos poucos neste mercado, com o investidor separando entre 3% e 5% do seu montante total para comprar Bitcoin, que ele diz ser a melhor cripto para começar.

O especialista explica que o mercado de criptoativos ficou marcado nos últimos anos por variações muito altas, o que deixou o investidor “mal acostumado”, mas que o mercado está ficando mais maduro, deixando para trás este período de altas e baixas exageradas.

“As pessoas procuram investir quando já no pico. A hora certa de comprar é na baixa, quando o preço está estagnado. Se você estudar, entender o ativo, vai saber a hora certa de entrar”, explica Miranda, que ressalta ver uma grande oportunidade neste momento.

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Vale lembrar que o mercado de criptomoedas tem um risco mais elevado, mas que tem ganhado muita força como forma de diversificação de carteira e até mesmo como ativo de proteção, o que o levou a ganhar o apelido de “ouro digital”. Por isso, analistas recomendam que se use apenas uma parcela do total disponível para investir neste mercado.

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Rodrigo Tolotti

Repórter de mercados do InfoMoney, escreve matérias sobre ações, câmbio, empresas, economia e política. Responsável pelo programa “Bloco Cripto” e outros assuntos relacionados à criptomoedas.