Bitcoin pode cair após atualização do Ethereum e momento é de venda, diz pesquisador

Segundo Kyle McDonald, a rede Bitcoin pode ser regulamentada devido ao seu alto consumo de energia

CoinDesk

(Kanchanara/Unsplash)

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Kyle McDonald, um pesquisador independente, prevê que a rede Bitcoin poderá ser “regulamentada”, causando o colapso do preço do Bitcoin (BTC). Segundo ele, o momento agora é de vender a cripto.

A avaliação é que depois que a blockchain Ethereum (ETH) mudar para um consenso de validação de transações que usa menos energia, conhecido como “prova de participação” (proof-of-stake, ou PoS), investidores e reguladores podem perceber que o consenso de prova de trabalho (proof-of-work, ou PoW), usado pelo Bitcoin e Ethereum e que gasta mais energia, nunca foi realmente necessário.

Em entrevista ao programa “First Mover”, da CoinDesk TV, McDonald citou a “crise climática” e o uso massivo de energia do Bitcoin. Ele disse que, como “o Bitcoin não tem a coordenação como o Ethereum para deixar a prova de trabalho”, a moeda pode ser “a primeira a ser regulamentada”.

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O consumo de energia da criptomoeda se tornou um grande ponto de discórdia entre ativistas ambientais e governos e, segundo McDonald, o Bitcoin nunca mais verá “o patamar dos US$ 69 mil novamente” – marca alcançada em novembro de 2021.

A atualização da rede Ethereum, chamada de “Merge” (“Fusão”, em português), está programada para acontecer este mês, e um benefício esperado é que não serão necessários tantos computadores para manter a blockchain funcionando.

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Para McDonald, a possibilidade de a Ethereum cortar os custos de energia em 99,95% é “altamente realista”.

“Quando você está migrando de um sistema que gera o máximo de números aleatórios rapidamente com 10 milhões [unidades de processamento gráfico] em todo o mundo, para um sistema que está rodando em alguns milhares de computadores com baixo consumo de energia, vai fazer uma grande diferença”, disse McDonald. Unidades de processamento gráfico, ou GPUs, são usadas para a mineração de criptomoedas.

Para rastrear o movimento de energia da Ethereum, McDonald criou o rastreador de emissões da rede, que adota uma abordagem de baixo para cima, mas não leva em consideração o preço do Ethereum nem o preço da eletricidade.

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“Estou começando com o hashrate [poder de computação], depois analisando o hardware e apresentando um argumento técnico sobre a quantidade de eletricidade que deve ser usada”, disse ele.

NFTs

Um risco, no entanto, está relacionado a tokens não fungíveis (NFTs), disse McDonald. Ou seja, “há uma boa chance de alguns mineradores mudarem para a prova de trabalho temporariamente após a fusão acontecer”.

Se os mineradores de fato mudarem, pode haver duplicatas de NFTs por um curto período de tempo em outra cadeia, disse. Neste caso, poderia até haver uma “diluição dos seus valores”.

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Mas o OpenSea, o maior marketplace de NFTs do mundo, disse que apoiaria apenas a cadeia de prova de participação e acrescentou que está se preparando para a transição para garantir que o “processo funcione sem problemas”.

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