Bitcoin: o que explica a repentina queda de mais de 10% após quase bater máxima histórica?

Apesar do forte recuo nas últimas 24 horas, Bitcoin ainda sobe 130% no ano e especialista vê um bom momento de compra

Rodrigo Tolotti

Publicidade

SÃO PAULO – Após disparar cerca de 80% em apenas 40 dias e encostar em sua máxima histórica de US$ 20 mil, o Bitcoin engatou um forte movimento de queda desde o fim do dia de quarta-feira (25), perdendo mais de US$ 2.500 de valor em menos de 24 horas.

Às 12h40 (horário de Brasília) desta quinta-feira (26), a maior criptomoeda do mundo tinha queda de 10% no acumulado de 24 horas, cotada a US$ 17.173. No Brasil o movimento de queda também é forte, com o ativo recuando 10,6%, para R$ 91.493.

E o recuo é generalizado entre os principais criptoativos do mundo. O Ethereum recuava 12,9%, a US$ 516,62, enquanto o XRP (Ripple) caía 22%, para US$ 0,529703, no mesmo horário.

Masterclass

As Ações mais Promissoras da Bolsa

Baixe uma lista de 10 ações de Small Caps que, na opinião dos especialistas, possuem potencial de valorização para os próximos meses e anos, e assista a uma aula gratuita

E-mail inválido!

Ao informar os dados, você concorda com a nossa Política de Privacidade.

Das 10 maiores moedas digitais em valor de mercado, a queda do Bitcoin é a menor, sendo que o Tether segue estável por ser uma stablecoin pareada no dólar, ou seja, sua cotação não varia. Considerando todo o mercado cripto, houve uma queda de 12% no valor de mercado global, ao passo que o volume negociado saltou 26,5%.

Um dos fatores apontados por especialistas para explicar este forte recuo é a liquidação de derivativos nas corretoras. Segundo Safiri Félix, diretor da Associação Brasileira de Criptoeconomia (ABCripto), o fim de mês é momento para estes ajustes de derivativos, o que leva ao atual cenário de correção das recentes altas.

Outro ponto é a liquidação forçada de quem estava com contratos muito alavancados. Ou seja, aqueles investidores que acreditam em uma forte alta e fazem está alavancagem acreditando que irão ganhar mais. Porém, se o preço do Bitcoin não atinge o valor esperado, as corretoras forçam a liquidação do contrato.

Continua depois da publicidade

Mesmo diante da queda de hoje, Safiri aponta que o viés positivo de longo prazo continua. Ele aponta que cerca de 70% dos bitcoins minerados no último mês foram comprados por grandes empresas como PayPal e Square.

“Estamos vendo uma mudança no perfil dos compradores sobre o que tínhamos no passado. Agora, quem está comprando [grandes empresas] tende a manter a posição no longo prazo”, explica o especialista justificando o otimismo com o futuro.

Outro fator que está pesando no humor dos investidores são notícias envolvendo a Coinbase, uma das maiores corretoras do mundo, que tem feito ajustes em suas operações para se adequar a regulações nos Estados Unidos.

E diante dessa queda repentina, Safiri que esta pode ser uma boa janela de oportunidade para quem ainda não conseguiu comprar o Bitcoin e surfar o rali recente.

Mesmo com o atual recuo, a criptomoeda acumula ganhos de 133% em 2020 até o momento em dólares. Em reais, por conta da disparada do dólar, o Bitcoin tem uma valorização ainda maior no ano: 214%.

“Abaixo de R$ 100 mil é oportunidade de compra”, conclui Safiri.

Invista no ativo com maior potencial de valorização: o seu conhecimento. Aproveite descontos de até R$ 1.319 nos cursos do InfoMoney e Xpeed – vagas limitadas!

Rodrigo Tolotti

Repórter de mercados do InfoMoney, escreve matérias sobre ações, câmbio, empresas, economia e política. Responsável pelo programa “Bloco Cripto” e outros assuntos relacionados à criptomoedas.