Bitcoin “escapa” de selloff com coronavírus, salta mais de 4% e volta para US$ 9 mil

O ouro, um dos ativos mais seguros do mundo, tem alta de 0,6%, reforçando o momento de busca por proteção por parte dos investidores pelo mundo

Rodrigo Tolotti

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SÃO PAULO – Enquanto os mercados globais passam por um dia de “selloff” por conta dos temores do avanço do coronavírus chinês, os criptoativos se mostram cada vez mais como uma alternativa dos investidores a estes momentos e sobem forte nesta segunda-feira (27).

Por volta das 18h (horário de Brasília), o Bitcoin registrava alta de 4,47%, cotado a US$ 8.964 – no Brasil a valorização era de 4,98%, a R$ 37.668 -, enquanto o Ibovespa recuava 3,30%, a 114.500 pontos e o Dow Jones caía 1,44%, para 28.578 pontos.

Como comparação, o ouro, um dos ativos mais seguros do mundo, tem alta de 0,58%, a US$ 1.581, reforçando o momento de busca por proteção por parte dos investidores pelo mundo.

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O grande aumento de casos registrados do coronavírus pelo mundo durante o fim de semana desencadeou um cenário de pânico nos mercados conforme os investidores temem os impactos econômicos que esta crise de saúde pode causar.

Se o vírus se tornar uma pandemia, dois dos setores mais prejudicados seriam turismo e comércio, não só na China, que é a segunda maior economia do mundo, como em outros países, podendo prejudicar o crescimento econômico global.

“A baixa correlação com os demais ativos financeiros em conjunto com o temor dos desdobramentos do coronavírus impulsionou o preço do Bitcoin”, explica o especialista em criptoativos e diretor da Associação Brasileira de Criptoeconomia (ABCripto), Safiri Felix.

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“A demanda dos chineses que procuram o Bitcoin como ativo de proteção já se manifestou anteriormente e tende a se intensificar em caso de agravamento do quadro de pânico”, afirma ele lembrando de outros cenários em que as criptomoedas subiram em meio à tensão, como na guerra comercial entre Estados Unidos e China ou a crise argentina.

Há dez dias, no painel sobre criptoativos do Onde Investir 2020, Safiri ressaltou três fatores que podem ajudar o Bitcoin a subir este ano mesmo após dobrar de valor no ano passado, e entre eles está exatamente o seu uso como “ouro digital”, ou seja, o fato de ele ser usado como ativo de proteção em momentos de tensão.

Completando a visão positiva para a moeda digital, ele citou ainda o halving (redução pela metade da oferta de novos Bitcoins), esperado para maio, e também o que chamou de “financeirização do Bitcoin”, ou seja, o surgimento de novos produtos financeiros que usam o Bitcoin como lastro.

Junto com o Bitcoin, praticamente todas as maiores criptomoedas também sobem forte. Chamam atenção principalmente o Bitcoin Cash, com ganhos de 7% e o Bitcoin SV, que sobe 12%. Já o EOS salta 9%, ao passo que o Cardano avança 8%.

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Rodrigo Tolotti

Repórter de mercados do InfoMoney, escreve matérias sobre ações, câmbio, empresas, economia e política. Responsável pelo programa “Bloco Cripto” e outros assuntos relacionados à criptomoedas.