Bitcoin é o novo ouro, diz Forbes: moeda é a queridinha dos investidores contra tensão global

"Aparentemente o Bitcoin é mais popular do que o ouro entre os investidores", diz o colunista da revista americana

Rodrigo Tolotti

Publicidade

SÃO PAULO – Até pouco tempo, quando o mercado passava por uma grande turbulência, o preço do ouro disparava, em um sinal de que os investidores estavam buscando ativos mais seguros e que não têm relação com estes eventos. Mas o mundo tem visto a Coreia do Norte disparar mísseis, Donald Trump perder o controle do governo e os banco centrais mantendo os juros baixos, e mesmo assim o metal precioso não está disparando.

Mas por outro lado, o Bitcoin não para de subir. Este é o raciocínio levantado por Panos Mourdoukoutas, colunista da revista Forbes nesta semana, apontando que a maior moeda digital do mundo está tomando o lugar do ouro, algo que fica bastante explícito no desempenho destes dois ativos nos últimos meses.

Veja também: Guia completo em 5 vídeos ensina o básico sobre como investir em Bitcoin

Masterclass

As Ações mais Promissoras da Bolsa

Baixe uma lista de 10 ações de Small Caps que, na opinião dos especialistas, possuem potencial de valorização para os próximos meses e anos, e assista a uma aula gratuita

E-mail inválido!

Ao informar os dados, você concorda com a nossa Política de Privacidade.

As ações do Bitcoin Investment Trust, primeiro fundo de investimento em bitcoins, aumentaram 10 vezes em valor nos últimos doze meses, subindo mais de 80% só nos últimos três meses. Enquanto isso, as ações da SPDR Gold caíram 0,68% desde agosto de 2016, com uma alta de “apenas” 3,19% nos últimos três meses.

“Aparentemente o Bitcoin é mais popular do que o ouro entre os investidores, como uma proteção contra as crescentes incertezas globais”, diz a publicação. “A crescente desconfiança nas moedas nacionais, seguindo políticas duvidosas do governo, empurrou as pessoas para o Bitcoin”, continua a matéria, que lembra que o rali da criptomoeda no início de 2016 coincidiu com os esforços da Índia e da Venezuela para se livrar de notas de moeda antigas.

Mais recentemente, escreve o colunista, o Bitcoin reagiu às crescentes tensões na Ásia, empurrando a moeda para mais de US$ 4.500. Mourdoukoutas diz que este cenário afeta a criptomoeda em diversas formas.

Continua depois da publicidade

“Para começar, as tensões aumentam a perspectiva de guerra, o que prejudica a demanda por moedas regionais, como o iene, o yuan e o won, e aumenta a demanda por Bitcoin”, explica. Segundo o colunista, “quando um míssil voa, intencionalmente ou acidentalmente, os investidores preferem manter o Bitcoin do que qualquer moeda regional”. Isso poderia explicar porque grande parte do volume global de bitcoin está na Ásia.

Os negócios de Bitcoin em iene representou cerca de 46% do volume de comércio global da criptomoeda, contra cerca de 33% um dia antes. Já o yuan chinês e o won sul-coreano representaram cerca de 12% cada, enquanto o comércio de bitcoins em dólares ficou na casa de 25%.

Quer aprender mais sobre Bitcoin? Baixe gratuitamente o melhor livro sobre o assunto já escrito no Brasil

Rodrigo Tolotti

Repórter de mercados do InfoMoney, escreve matérias sobre ações, câmbio, empresas, economia e política. Responsável pelo programa “Bloco Cripto” e outros assuntos relacionados à criptomoedas.