Bitcoin é colocado em categoria de máximo risco sob plano de reguladores

Outros ativos com esse risco incluem produtos securitizados, sobre os quais bancos têm informações insuficientes sobre as exposições subjacentes

Bloomberg

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(Bloomberg) — Bancos terão que cumprir os mais rigorosos requisitos de capital para posições em Bitcoin e outros criptoativos, segundo planos de reguladores globais para evitar ameaças à estabilidade financeira com origem no volátil mercado.

Na quinta-feira, o Comitê de Supervisão Bancária de Basileia disse que o setor bancário enfrenta riscos crescentes dos criptoativos por causa da possibilidade de serem usados em lavagem de dinheiro, possíveis desafios à reputação e fortes oscilações dos preços que podem levar a defaults.

O painel propôs que uma ponderação de risco de 1.250% seja aplicada à exposição de um banco ao Bitcoin e algumas outras criptomoedas. Na prática, isso significa que um banco pode precisar manter um dólar em capital para cada dólar de Bitcoin, com base em um requisito de capital mínimo de 8%. Outros ativos com essa máxima ponderação de risco possível incluem produtos securitizados, sobre os quais bancos têm informações insuficientes sobre as exposições subjacentes.

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“O crescimento dos criptoativos e serviços relacionados tem potencial de aumentar as preocupações com a estabilidade financeira e elevar os riscos enfrentados pelos bancos”, disse em relatório o Comitê de Basileia, que inclui o Federal Reserve e o Banco Central Europeu. “O capital será suficiente para absorver uma baixa contábil total das exposições a criptoativos sem expor os depositantes e outros credores seniores dos bancos a uma perda.”

A proposta está aberta a comentários públicos antes de entrar em vigor, e o comitê disse que essas políticas iniciais provavelmente serão alteradas várias vezes à medida que o mercado evolui. Nenhum cronograma foi especificado no relatório, mas o processo para chegar a um acordo e implementar as regras de Basileia mundialmente pode levar anos.

Alguns ativos, como tokens com valores atrelados a ativos do mundo real e as chamadas stablecoins, são avaliados com requisitos de capital mais baixos.

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A popularidade das criptomoedas deu um salto este ano, com investidores amadores e profissionais buscando lucrar com o Bitcoin, bem como nos nichos mais obscuros do mercado. O entusiasmo com a adoção institucional, a ideia de que é uma reserva de valor semelhante ao “ouro digital”, e o endosso de investidores de renome como Paul Tudor Jones e Stan Druckenmiller estimularam o mercado altista.

O Bitcoin subiu de US$ 10.000 em setembro passado para US$ 63.000 em meados de abril. No entanto, no mês passado, os preços despencaram para US$ 37.000, em meio ao escrutínio regulatório mais rigoroso na China e críticas de Elon Musk, fundador da Tesla, ao alto custo da energia do Bitcoin.

Embora muitos bancos tenham sido cautelosos em relação ao comércio de criptomoedas, o maior interesse de consumidores leva empresas financeiras, como Interactive Brokers e Robinhood Markets, a se expandirem nesse mercado. O Standard Chartered disse este mês que vai formar uma joint venture para comprar e vender Bitcoins.

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