Bitcoin deixa de ser o “queridinho” dos criminosos e duas criptomoedas já disputam o posto

Esta é uma análise feita pela empresa Recorded Future, que revelou que o Bitcoin está perdendo espaço como a "moeda favorita dos criminosos"

Rodrigo Tolotti

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SÃO PAULO – Desde que começou a ganhar popularidade, muitas pessoas argumentam que o Bitcoin facilita o trabalho de criminosos. E apesar de realmente os hackers e bandidos gostarem de utilizar a criptomoeda, esta “tendência” está perdendo força e agora outras moedas podem se tornar as mais utilizadas como meio de pagamento na chamada dark web.

Esta é uma análise feita pela empresa Recorded Future, que revelou que o Bitcoin está perdendo espaço como a “moeda favorita dos criminosos”. De acordo com a pesquisa, que analisou mais de 150 dos maiores mercados e fóruns da deep web, o aumento da popularidade da moeda fez com que ela se tornasse pouco viável para transações escusas.

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As transações ficaram mais caras e menos eficientes por conta do grande aumento de usuários, que exerceu uma pressão sobre a rede, gerando comissões mais altas. Como resultado, alguns usuários das criptomoedas passaram a recorrer a outras moedas digitais.

E neste cenário duas outras moedas digitais estão ganhando força no mercado para ocupar este espaço. O Litecoin, a sexta moeda digital mais valiosa, agora é aceito por quase um terço de todos os vendedores da dark web que trabalham com métodos de pagamento alternativos. O Dash, a 12ª maior criptomoeda, é aceita por 20% do mercado.

Entre os cibercriminosos ainda não há consenso sobre qual é a melhor moeda para se usar nas transações. Uma enquete feita em um dos fóruns analisados pela empresa colocou seis opções de voto, e teve uma margem bastante pequena entre as principais escolhidas. A moeda Monero ficou em primeiro lugar, com 21,82% dos votos, seguida pela Dash (20,61%) e ether (19,39%).

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“Os mesmos usuários da classe que ajudou a consolidar o bitcoin como instrumento de pagamento unificado na dark web, estimulando a economia do submundo e assolando o planeta com intermináveis ataques com ransomware, drogas ilícitas e armas, agora veem a moeda como obstáculo para a proliferação de negócios criminosos”, escreveram Andrei Barysevich e Alexandr Solad, autores do relatório. “O litecoin e o dash tirarão o lugar do bitcoin como moedas para pagamentos do dia a dia na dark web”.

Rodrigo Tolotti

Repórter de mercados do InfoMoney, escreve matérias sobre ações, câmbio, empresas, economia e política. Responsável pelo programa “Bloco Cripto” e outros assuntos relacionados à criptomoedas.