Bitcoin: China ganha um concorrente de peso como “paraíso” da mineração de criptomoedas

Diante da grande popularidade da moeda, tem se tornado cada vez mais difícil minerar, e países com baixo custo de energia elétrica têm tido vantagem

Rodrigo Tolotti

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SÃO PAULO – A China ainda é considerada o centro da mineração mundial de bitcoins, mas isso pode estar começando a mudar. Diante da grande popularidade da moeda, tem se tornado cada vez mais difícil minerar, e países com baixo custo de energia elétrica têm tido vantagem.

Na China, além disso, até pouco tempo os “pools” tinham taxas reduzidas e incentivos para trabalharem no país, mas o próprio governo está mudando esta visão. Com este cenário, outros países tentam se aproveitar, como é o caso do Paraguai, que tem elevado bastante os grupos de mineração de bitcoin no país com projetos e incentivos.

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Mas é uma pequena nação europeia que está começando a assumir um lugar de protagonismo neste mercado: a Islândia. Neste ano, o país vai usar mais eletricidade no processo de mineração do que para abastecer todas as suas residências.

A população da Islândia, de aproximadamente 340 mil pessoas, utiliza cerca de 700 GWh de eletricidade por ano. “O que estamos vendo agora é quase um crescimento exponencial, penso eu, no consumo [de energia] desses data centers”, disse à BBC Johann Snorri Sigurbergsson, porta-voz da empresa de energia HS Orka. A empresa estima que sejam usados 840 GWh para mineração.

Uma das maiores vantagens do país é a facilidade para se gerar energia. Por ter uma grande quantidade de vulcões em sua área, a geração de energia fica mais fácil, e consequentemente, mais barata. Isso tem atraído muitas pessoas a criarem grupos de mineração no país.

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Por outro lado, tanto a mineração de bitcoin quanto as casas da Islândia usam uma quantidade relativamente pequena da eletricidade total consumida no país. Mesmo assim, Sigurbergsson alerta que a demanda excessiva dos centros de dados de criptomoedas podem criar um problema: “Se todos esses projetos forem realizados, não teremos energia suficiente”.

Rodrigo Tolotti

Repórter de mercados do InfoMoney, escreve matérias sobre ações, câmbio, empresas, economia e política. Responsável pelo programa “Bloco Cripto” e outros assuntos relacionados à criptomoedas.