Bitcoin cai mais de 10% e perde os US$ 32 mil com regulação e resgate de ataque hacker no radar

Apesar da queda, criptomoeda ainda acumula valorização de quase 230% em 12 meses

Rodrigo Tolotti

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SÃO PAULO – O mercado de criptomoedas volta a ter um dia de fortes quedas, com o Bitcoin recuando mais de 10% no acumulado de 24 horas, enquanto outros dos maiores ativos digitais também apresentam perdas de mais de dois dígitos.

No noticiário, não há um motivo exato que explique o movimento generalizado no mercado, mas analistas citam temores sobre segurança após autoridades americanas conseguirem recuperar a maior parte do resgate pago a hackers no ataque ao oleoduto da Colonial Pipeline.

Às 11h30 (horário de Brasília), o Bitcoin registrava queda de 11,7%, cotado a US$ 31.883, enquanto em reais o recuo era de 12,3%, para R$ 160.671. Outras criptos também caem forte, como o Ethereum, recuando 13,5%, a US$ 2.408, e Binance Coin, caindo 15%, a US$ 337.

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Documentos judiciais mostram que os investigadores conseguiram acessar a senha de uma das carteiras de Bitcoin dos hackers. O dinheiro foi recuperado por uma força-tarefa recentemente lançada em Washington, criada como parte da resposta do governo americano ao aumento de ataques cibernéticos.

O ataque ocorreu em maio, quando a invasão cibernética paralisou completamente um oleoduto da empresa e roubou mais de 100 GB de informações.

A procuradora-geral adjunta dos EUA, Lisa Monaco, disse que os investigadores apreenderam 63,7 bitcoins, quantia avaliada em cerca de US$ 2,3 milhões. A Colonial Pipeline afirmou que pagou aos hackers quase US$ 5 milhões para recuperar o acesso ao sistema.

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Esse movimento também preocupa conforme órgãos de diferentes países caminham para criar novas regulações para o mercado de crriptoativos.

Nas últimas semanas, integrantes do Federal Reserve têm endurecido o discurso sobre o Bitcoin e outras moedas digitais, ao mesmo tempo em que o governo chinês fechou o cerco sobre mineradores de criptomoedas.

Depois de iniciar o ano com forte valorização e atingir uma máxima histórica em torno de US$ 65 mil em abril, o Bitcoin iniciou um movimento de correção, puxado por falas do CEO da Tesla, Elon Musk, e notícias negativas vindas principalmente da China.

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No mês passado, Musk anunciou que a Tesla iria suspender a compra de seus veículos usando a criptomoeda, o que iniciou um forte movimento de queda dos preços. Segundo o executivo, a preocupação é com o uso crescente de combustíveis fósseis na mineração de novas moedas digitais, prejudicando o meio ambiente.

Poucos dias após esse choque na cotação, o Conselho de Estado da China emitiu uma nota sobre uma discussão para reprimir a mineração e negociação da criptomoeda no país, o que pressionou ainda mais o preço dos ativos digitais.

Com essa nova queda, o Bitcoin agora acumula uma alta de apenas 10% em 2021, enquanto no acumulado de 12 meses os ganhos são de 228%.

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Rodrigo Tolotti

Repórter de mercados do InfoMoney, escreve matérias sobre ações, câmbio, empresas, economia e política. Responsável pelo programa “Bloco Cripto” e outros assuntos relacionados à criptomoedas.