Bitcoin cai abaixo de US$ 50 mil com temores sobre aumento de impostos de Biden; criptos perdem US$ 200 bi de valor

Grandes criptos como Ether, Binance Coin e XRP registram todas perdas de mais de 10%, sendo que as 50 maiores moedas digitais do mercado têm queda

Rodrigo Tolotti

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SÃO PAULO – O Bitcoin passa por uma forte correção nesta sexta-feira (23) o que também ocorre com praticamente todas as maiores criptomoedas do mundo após a notícia de que o presidente dos Estados Unidos Joe Biden deve anunciar na próxima semana um aumento de impostos sobre ganhos de capital.

Após renovar sua máxima histórica na semana passada, o Bitcoin enfrentou uma queda acentuada no último domingo, mas conseguiu se estabilizar. Hoje, porém, às 12h (horário de Brasília), a maior moeda digital do mundo registrava perdas de 8,73% no acumulado de 24 horas, cotada a US$ 49.718.

O Bitcoin não operava abaixo de US$ 50 mil desde o início de março, chegando a uma máxima de US$ 64.863. No Brasil, a criptomoeda apresenta queda de 9,22%, para R$ 273.636.

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Outras grandes criptos como Ether, Binance Coin e XRP registram todas perdas de mais de 10%. Todas as 50 maiores moedas digitais do mercado têm queda nesta sexta. Esse recuo fez com que o mercado cripto perdesse cerca de US$ 200 bilhões de valor de mercado, segundo dados do site CoinMarketCap.

Segundo a Bloomberg informou ontem, Biden deve propor um aumento do impostos sobre ganhos de capital para 39,6%, o que, juntamente com uma sobretaxa existente sobre a renda de investimentos, significaria que as taxas de impostos federais para investidores podem chegar a 43,4%. O imposto atual é de 20%.

Jornais americanos apontam ainda que a nova taxação se aplicaria a retornos sobre ativos mantidos em contas tributáveis ​​e vendidos após mais de um ano. O medo dos investidores de cripto é que esta nova regulação possa reduzir bastante os investimentos neste mercado, que está em forte ascensão desde o ano passado.

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Apesar do impacto da notícia, especialistas também destacam a alta valorização do Bitcoin nos últimos meses, tornando necessária uma correção de preço, que é o que acontece agora.

“Não acho que os planos de impostos de Biden terão um grande impacto sobre o Bitcoin”, disse Ruud Feltkamp, CEO da Cryptohopper, para a Reuters. “O Bitcoin só subiu por muito tempo, é natural ver uma consolidação. Traders estão simplesmente embolsando os ganhos”, completa.

Já para Ulrik Lykke, diretor executivo do fundo de hedge de criptografia ARK36, a tendência de alta continua, a não ser que o Bitcoin perca o nível dos US$ 40 mil. “No momento, não estamos convencidos de que a tendência se reverterá para um mercado baixista, mas reconhecemos que pode levar algum tempo antes que a demanda volte a ultrapassar a oferta no médio e curto prazos, afirma.

Apesar desta queda, o Bitcoin ainda acumula valorização de 71% em 2021, movimento que tem sido puxado desde outubro do ano passado pela entrada de grandes investidores institucionais na indústria de criptoativos, caso da PayPal, Square, Tesla e do banco BNY Mellon.

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Rodrigo Tolotti

Repórter de mercados do InfoMoney, escreve matérias sobre ações, câmbio, empresas, economia e política. Responsável pelo programa “Bloco Cripto” e outros assuntos relacionados à criptomoedas.