Biologia e inteligência artificial criam “animais-robôs” revolucionários; conheça

O InfoMoney conheceu de perto os Bionics "AirJelly" e "eMotionButterflies"

Mariana Zonta d'Ávila

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SÃO PAULO – Uma empresa alemã está desenvolvendo robôs que imitam os movimentos da natureza para buscar soluções e, se possível, aplicá-las na indústria, contribuindo para a automatização das linhas de produção.

Fundada em 1925 na Alemanha, a Festo está presente em 176 países e é líder em automação industrial em diversos segmentos, como o automotivo. Desde 2006, a multinacional mantém um setor de inovação especializado no desenvolvimento de robôs inspirados em animais: o Bionic Learning Network.

Para o desenvolvimento desses robôs, a companhia conta com a ajuda de biólogos, designers, engenheiros, universidades, institutos, empresas de desenvolvimento e inventores. Os grupos são “renovados” duas vezes por ano e os projetos costumam levar cerca de dois anos para serem concluídos.

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Em evento com a imprensa em São Paulo, a Festo apresentou dois de seus Bionics: o “AirJelly” e o “eMotionButterflies”. Enquanto o primeiro possui quase dois metros de altura e é inspirado no movimento das águas-vivas, o segundo pesa somente 32g e imita o voo de uma borboleta.

Até o momento, nenhum dos dois possui uma aplicação prática. José Folha, gerente de soluções da Festo, explica que o objetivo não é vender nenhum dos equipamentos, mas criá-los para aprender a inteligência responsável pelos movimentos e aplicá-la na indústria.

Um exemplo disso é a barbatana do peixe, um dos primeiros robôs criados, que, por seu movimento e elasticidade, hoje integra máquinas com garras “adaptáveis” que coletam frutas.

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A empresa já conta com robôs de pássaro, peixe, morcego e canguru. Agora, a equipe está estudando o movimento que o camaleão faz com a língua para se alimentar, visto que permite ao animal se adaptar à presa e captar todos os formatos de alimentos.  

AirJelly

Inspirado no movimento das águas-vivas, o AirJelly é controlado remotamente por meio de um joystick e mantido no ar por um balão cheio de gás hélio.

jelly

Sua única fonte de energia são duas baterias de polímero de íon-lítio, conectadas ao atuador elétrico central. Com 1,3 kg, o robô possui 2,8 m de altura e 1,35 m de diâmetro.

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Para copiar o movimento do animal, o robô possui oito tentáculos adaptativos, que absorvem a força do acionamento elétrico e permitem que ele flutue usando o princípio do recuo. Assista:

Borboletas

Tamanho não é documento. As borboletas, apesar de pequenas e mais leves em comparação com a “água-viva”, são formadas por 2 microprocessadores, 2 servo motores, um acelerômetro, uma bússola, dois módulos de rádio, dois emissores infravermelhos e duas baterias 7,4 V 90mAh. Tudo isso em 32 gramas.

borboleta

Elas são capazes de ativar as asas individualmente com precisão e assim, implementar os movimentos rapidamente. É possível usar 50 desses robôs ao mesmo tempo.

Além disso, as borboletas possuem uma rota pré-definida que especifica os percursos de voo. Dessa forma, caso alguma delas saia do trajeto estabelecido, o sistema de câmeras instalado no ambiente mede a posição real de todos os objetos voadores 160 vezes por segundo e corrige o erro. José Folha conta que o produto funciona como os carros autônomos, mas no ar. Assista:

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