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SÃO PAULO – Os sinais de que a economia europeia começa a se recuperar da crise financeira gradativamente e o latente otimismo de alguns setores específicos do mercado com a mudança de quadro podem trazer uma grande oportunidade para as empresas brasileiras com exposição maior ao continente. Tendo em vista a euforia alemã com relação ao setor automotivo local, a equipe de gestão do fundo de ações do Credit Suisse Hedging-Griffo destacou duas small caps da Bovespa que podem se dar muito bem com a situação, apesar do momento não ser nada bom do mercado acionário nacional.
Dessa forma, a equipe de gestão do CSHG Dividendos – que possui patrimônio de R$ 858,5 milhões – foi até a Alemanha para entender o momento vivido pelo setor automotivo no país, observar mais de perto as ações de Mahle Metal Leve (LEVE3) e Iochpe-Maxion (MYPK3) pode render bons lucros aos investidores que optarem por abrirem posição nas duas companhias.
“Existe um otimismo generalizado entre as montadoras europeias em relação ao mercado europeu. Esses são bons cenários tanto para a Iochpe (60% da receita fora do Brasil) quanto para a Mahle (1/3 da produção brasileira é exportada)”, afirmaram em relatório os gestores do fundo de ações do CSHG. A gestora é bastante famosa por outro fundo de sua prateleira: o Fundo Verde, o maior hedge fund fora dos Estados Unidos e maior fundo multimercado do Brasil.
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Do lado da Mahle Metal Leve, os gestores do Credit Suisse destacam a preferência da companhia em investir em novos projetos e aquisições em vez de entregar dividendos mais generosos, o que faz com que sua taxa de crescimento seja bastante expressiva. “Para a Mahle Metal Leve isso significa, basicamente, que crescer é fácil. Se um cliente no Brasil quiser um novo componente de motor, basta verificar na ‘gôndola’ de produtos da Mahle Group se ele já existe. A Mahle Group sempre terá novos produtos por causa de sua política de dividendos [baixos] e crescimento, e o risco de crescimento baixo fica bastante reduzido para a operação brasileira”, afirmam em relatório.
Já a Iochpe-Maxion apresentou um sensível desenvolvimento em um de seus pontos fracos: o acesso à alta tecnologia. Enquanto a companhia despontava para o mercado como exemplo de otimização operacional a partir de elevada preocupação de controle de custos, o quesito tecnologia corria atrás em sua lista de prioridades. No entanto, tudo isso parece ter mudado com a aquisição da americana Hayes Lemmerz. Com isso, a Iochpe conseguiu ganhar um espaço e prestígio ainda maiores no mercado alemão, onde pôde participar mais ativamente do desenvolvimento de novos modelos de veículos.
“Uma empresa que vence na Alemanha consegue vencer em qualquer lugar do mundo”, enfatiza o time de gestão do CSHG, reforçando o otimismo com relação aos papéis de Mahle Metal Leve e Iochpe-Maxion no “bang-bang” dos investidores no atual faroeste da Bovespa.
