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O Banco Central Europeu (BCE) contrariou a tendência das outras autoridades monetárias mundiais e, ao invés de promover um novo corte nos juros, optou pela manutenção das taxas de juros para os países que compõem a zona do euro. Deste modo, a taxa referencial continua no mesmo patamar anterior de 3,75% ao ano. A decisão foi contra as expectativas do mercado, que esperava uma redução de 0,25 ponto percentual nos juros.
Ao mesmo tempo, o BCE anunciou que as taxas de empréstimo e de depósitos também estão mantidas em 4,75% e em 2,75% ao ano, respectivamente. O principal ponto que levou o mercado a esperar pelo corte dos juros era a indicação de que o BCE deveria seguir os outros bancos centrais na tendência a afrouxar a política monetária na Europa, para evitar que as economias da região entrassem em recessão.
Apesar da expansão econômica da zona do euro ter sido de apenas 0,1% no segundo trimestre de 2001, sem qualquer indício de inflação, o BCE manteve os juros mostrando que as economias européias ainda não enfrentam o quadro recessivo apresentado pelos EUA. Na semana passada, o Federal Reserve (Fed), banco central norte-americano, decidiu por uma nova redução de 0,5 ponto percentual nos juros, que passaram a ser de 2,5% ao ano. A redução nos juros dos EUA teve como objetivo evitar uma forte desaceleração da economia norte-americana.
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A decisão do Conselho do BCE deve ser explicada mais tarde pelo presidente da instituição, Wim Duisenberg, em uma entrevista coletiva. Em resposta à decisão do BCE, o euro operava há pouco registrando um recuo de 1% em relação ao fechamento anterior, sendo negociado a US$ 0,9018.