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O presidente do Banco Central Europeu (BCE), Mario Draghi, disse em coletiva de imprensa nesta quinta-feira que a instituição prevê manter suas principais taxas de juros nos níveis atuais por um período mais longo devido a “incertezas prolongadas”.
Mais cedo, o BCE manteve sua taxa de refinanciamento em 0% e a taxa de depósito em -0,4%, mas alterou a projeção do período em que os juros deverão ficar inalterados, do fim de 2019 para até “pelo menos o fim do primeiro semestre de 2020”.
Segundo Draghi, um “amplo grau de acomodação” continua sendo necessário e a economia ainda se beneficia das taxas de juros ultrabaixas em vigor. Draghi reiterou que o BCE está determinado a agir e ajustar suas ferramentas de política, se preciso.
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Ele destacou que turbulências globais vêm pesando particularmente na indústria europeia e que o sentimento econômico está sendo abafado por medidas protecionistas e fatores geopolíticos.
Além disso, Draghi comentou que os riscos para a zona do euro pendem para o lado negativo, mas ressaltou que a probabilidade de uma recessão é “muito baixa”, uma vez que as condições financeiras permanecem favoráveis.
Para Draghi, a terceira rodada de empréstimos baratos destinados ao setor bancário da zona do euro (conhecidos como TLTROs, pela sigla em inglês), que terá início em setembro, ajudará a salvaguardar condições de crédito favoráveis.
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Draghi previu ainda que a inflação nominal da zona do euro deverá desacelerar nos próximos meses ante de ganhar força no fim do ano. Já a inflação subjacente – que exclui itens mais voláteis – deverá se acelerar no médio prazo. Desta forma, concluiu ele, não há riscos de deflação no bloco.