BC diz que tomará providências sobre vazamento de lista de contas no HSBC

Segundo a nota, divulgada na madrugada do dia 28, os relatórios produzidos pelo Coaf se destinam exclusivamente à utilização pelos órgãos competentes em suas atividades institucionais

Estadão Conteúdo

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O Banco Central informou, por meio de nota, que, em conjunto com a Receita Federal e o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), estão em curso providências para apurar responsabilidades no caso da matéria “A lista das contas de brasileiros no HSBC na Suíça”, publicada na última sexta-feira, 27, no site da revista Época.

Segundo a nota, divulgada na madrugada do dia 28, os relatórios produzidos pelo Coaf se destinam exclusivamente à utilização pelos órgãos competentes em suas atividades institucionais. O comunicado salienta ainda que a publicação de informações e dados que estão sob análise podem levar a conclusões precipitadas. “E não contribuem para as investigações em andamento”, pontuaram os órgãos. “Além disso, os fatos foram comunicados à Polícia Federal para os devidos fins”, continuou a nota.

A Revista Época disse ter tido acesso à lista de 342 correntistas brasileiros do banco HSBC na Suíça e ao relatório sigiloso da Receita Federal com o nome dos 15 primeiros brasileiros que estão sendo averiguados no caso que ficou conhecido como SwissLeaks. No final de semana, a revista destacou que também fazem parte dessa lista outros empresários, doleiros e, segundo o documento, gente suspeita de ligação com o tráfico de drogas. “Alguns podem ter sido relacionados só por ter conta na Suíça, o que não é ilegal”, ressaltou a reportagem.

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O vazamento começou quando documentos com dados de 106 mil pessoas com contas no HSBC da Suíça foram entregues por um ex-funcionário do banco a autoridades francesas e chegaram a um grupo internacional de jornalistas investigativos, o International Consortium of Investigative Journalism (ICIJ). A estimativa é de que os depósitos dos brasileiros neste banco totalizariam um saldo de US$ 7 bilhões entre 2006 e 2007.

De acordo com a revista, o Fisco brasileiro recebeu uma relação de 342 investidores e analisou a lista, cruzando-a com dados do Coaf. Daí teria surgido a lista dos primeiros 15 brasileiros, que a Época divulgou.