BC argentino eleva em 10 pp a taxa de juros, a 74% ao ano após derrota de Macri nas primárias

A chapa de Alberto Férnandez e Cristina Kirchner venceu a primeira rodada das eleições com uma margem que já é vista como incontornável 

Ricardo Bomfim

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SÃO PAULO – O Banco Central da Argentina elevou a taxa básica de juros do país em 10 pontos percentuais nesta segunda-feira (12), para 74% ao ano. A atitude foi uma resposta à desvalorização de 30% que o peso sofreu pela manhã após a surpresa nas primárias das eleições argentinas. 

Ontem, o candidato Alberto Férnandez bateu o atual presidente argentino, Mauricio Macri, por 15 pontos percentuais. Férnandez tem como vice a ex-presidente Cristina Kirchner, cuja gestão foi duramente criticada pelo intervencionismo e populismo, que teriam levado o país à crise econômica aguda que vive hoje. 

Era esperada uma vantagem de dois a oito pontos percentuais para Férnandez, bem longe do 48% a 32% visto nas urnas. 

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A votação definitiva ocorre só em outubro, mas a diferença já parece incontornável para os analistas políticos. 

O dólar atingiu a cotação de 61 pesos hoje, sendo que na sexta-feira, o teto tinha sido estabelecido em 46,55 pesos. A inflação da Argentina atualmente está em 55%. 

O índice Merval, da bolsa argentina, teve sua maior queda em 20 anos, em baixa de 30%, e entrou em circuit break, quando as operações são suspensas por uma volatilidade muito alta. As negociações devem ser retomadas somente amanhã. 

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Ricardo Bomfim

Repórter do InfoMoney, faz a cobertura do mercado de ações nacional e internacional, economia e investimentos.