BC alivia regras do compulsório e libera até R$ 23,5 bilhões para mercados

Medida visa reduzir riscos relativos à baixa liquidez dos mercados de crédito, ao liberar parte dos recursos

Publicidade

SÃO PAULO – Contrariando muito do discurso utilizado pelo Governo até recentemente sobre a crise financeira global, o Banco Central decidiu agir e flexibilizar o depósito compulsório exigido de instituições financeiras na última quinta-feira (2).

Uma das ferramentas mais importantes de que dispõe a autoridades monetária, o compulsório é a quantidade relativa de recursos captada por bancos que deve ficar depositada junto ao Banco Central, em vez de ser emprestada.

Com o maior estreitamento dos mercados de crédito global, em especial dos financiamentos interbancários, a instituição capitaneada por Henrique Meirelles autorizou os bancos brasileiros a abater, do compulsório de 15% dos depósitos totais a prazo, os volumes das carteiras de crédito que venham a adquirir de bancos pequenos e médios, desde que não ultrapassem 40% dos depósitos obrigatórios.

Masterclass

As Ações mais Promissoras da Bolsa

Baixe uma lista de 10 ações de Small Caps que, na opinião dos especialistas, possuem potencial de valorização para os próximos meses e anos, e assista a uma aula gratuita

E-mail inválido!

Ao informar os dados, você concorda com a nossa Política de Privacidade.

Injeção

De acordo com o Banco Central, o montante total de recursos que poderão ser liberados para o mercado corresponde a R$ 23,5 bilhões. Entre os objetivos da medida estão “melhorar a distribuição de recursos no Sistema Financeiro Nacional, em função das restrições de liquidez que têm sido verificadas no ambiente internacional”, afirmou o BC.

A medida também reforça interpretações de que os diretores do Banco Central podem passar a centrar o foco de sua política monetária no combate das condições adversas do crédito, interrompendo as medidas contracionistas perseguidas nos últimos tempos, a fim de combater a emergência da inflação no país.