BB Seguridade tem lucro ajustado de R$ 1,09 bi no 3º tri e mais resultados; Ânima, Petrobras e outras notícias no radar

Confira os destaques do noticiário corporativo na sessão desta terça-feira (3)

Equipe InfoMoney

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SÃO PAULO – A volta dos feriados tem como destaque os resultados da BB Seguridade, Copasa e Irani e com expectativa principalmente para os resultados do IRB e do Itaú após o fechamento do mercado.

Além disso, a concessionária CCR anunciou que, pela primeira vez desde a pandemia, registrou aumento do tráfego nas vias que controla, na comparação com 2019. O anúncio se baseia nos dados entre 23 e 29 de outubro. Confira os destaques:

BB Seguridade (BBSE3)

A BB Seguridade, holding de seguros do Banco do Brasil, registrou lucro líquido de R$ 1,096 bilhão no terceiro trimestre, alta de 1,4% em relação a igual período do ano passado e de 11,6% na comparação com o trimestre anterior, segundo balanço publicado nesta terça-feira, 3, pela companhia.

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Entre os negócios da holding, a BB Corretora teve resultado operacional positivo de R$ 57,5 milhões, explicado pela alta nas receitas de corretagem, de 12%, decorrente do aumento nas vendas e melhora da margem operacional.

A Brasilprev também ajudou a impulsionar os números, com resultado positivo de R$ 16,5 milhões, justificado por incremento nas receitas com taxas de gestão, de 5,8%, melhora do índice de eficiência e evolução do resultado financeiro. A Brasilcap também ajudou, com resultado positivo em R$ 10,5 milhões.

Na contramão, pesou principalmente o resultado negativo de R$ 38,6 milhões da Brasilseg, decorrente do avanço da sinistralidade e da queda do resultado financeiro, parcialmente compensado pelo aumento de 20,4% dos prêmios.

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Além disso, houve pressão do resultado financeiro da holding, que caiu R$ 20,9 milhões e foi afetado principalmente pela restituição de capital aos acionistas, pela menor taxa média Selic e pela distribuição dos recursos provenientes da alienação do IRB.

No acumulado do ano, o lucro líquido da holding soma R$ 212,8 milhões, recuo de 6,7% em relação aos primeiros nove meses do ano passado. O ritmo de retração, contudo, foi reduzido em relação ao resultado acumulado no primeiro semestre, de 10,9%.

Duratex (DTEX3)

Com a recuperação da demanda por móveis e materiais de construção, a Duratex (dona de marcas como Deca, Hidra, Durafloor, entre outros) apresentou lucro líquido de R$ 123,939 milhões no terceiro trimestre de 2020, aumento de 347,2% ante os R$ 27,715 milhões anotados no mesmo período de 2019.

Já o lucro líquido recorrente (que desconsidera efeitos de reestruturações fabris e venda de ativos, entre outros eventos considerados não recorrentes) foi a R$ 175,719 milhões, expansão de R$ 30,472 milhões na mesma base de comparação.

O lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) atingiu R$ 391,085 milhões, crescimento de 58,5%. A margem Ebitda cresceu 3,1 pontos porcentuais, para 22,0%. O Ebitda ajustado e recorrente foi a R$ 433,787 milhões, alta de 82,3%. A margem cresceu 6,2 pontos, para 24,4%.

A receita operacional líquida totalizou R$ 1,778 bilhão, avanço de 35,9%. O resultado financeiro gerou uma despesa de R$ 32,941 milhões, queda de 41,9%.

O salto nos resultados da Duratex ocorreu por uma combinação de fatores positivos, sendo o principal deles o crescimento na expedição de painéis de madeiras (38,5%), revestimentos cerâmicos (46,7%) e Deca, de louças e metais sanitários (25,3%), o que elevou o faturamento no período.

Conforme a direção da empresa havia previsto por volta da metade do ano, a produção terminará 2020 acima dos níveis de 2019, graças ao avanço na demanda tanto no varejo quanto no atacado.

A empresa tem se beneficiado do aumento no consumo de móveis e materiais de construção, já que as pessoas têm ficado mais tempo em casa, e novos canteiros de obras estão sendo abertos.

O balanço do terceiro trimestre deste ano também contabilizou na íntegra os resultados da Cecrisa, unidade industrial adquirida pela Duratex e que teve apenas os resultados de agosto e setembro apurados no balanço do trimestre no ano passado.

Além disso, a companhia avançou nas medidas de melhoria das plantas industriais para ganho de escala, diluição de custos e aumento de eficiência, o que aumentou as margens; e diminuiu suas despesas com pagamentos de juros, o que aparece na melhora do resultado financeiro.

Por outro lado, o custo dos produtos vendidos subiu 28,8%, para R$ 1,069 bilhão, influenciado pela desvalorização do real, já que muitos insumos como metais e resinas são importados.

Copasa (CSMG3)

A Copasa anunciou lucro líquido de R$ 240,5 milhões no terceiro trimestre. A receita líquida avançou 2% no período, para R$ 1,36 bilhão. O segmento de água, esgoto e resíduos sólidos subiu 6,1% alta de R$ 1,27 bilhão, excluídas as receitas de construção. A empresa afirmou que os resultados foram impulsionados pelo reajuste tarifário médio de 8,38%, aplicado para consumos registrados a partir de agosto. O Ebitda ajustado foi de R$ 497 milhões, alta de 2,9% na comparação anual.

O Itaú BBA afirmou que o Ebitda ajustado está em linha com as estimativas, e a receita foi acima do esperado, devido a alta do volume maior do que o esperado, de 2,5% na comparação anual, quando se considera água e esgoto. A estimativa era de alta de 1,2%. O banco tem recomendação market perform (em linha com a média do mercado) para a ação, com preço-alvo das ações em R$ 57.

O Morgan Stanley afirmou que o Ebitda ajustado foi 15% acima de sua expectativ, e 20% acima do consenso do mercado. Isso se deve a volumes acima do esperado e reversão de R$ 46 milhões em provisões legais e despesas com pessoal, material, serviços de terceiros e outras. Além disso, o banco ressaltou que o Conselho da Copasa anunciou distribuição de R$ 820 milhões em dividendos extraordinários.

O Morgan Stanley destaca que as ações tiveram queda de 34% em um ano, a pior performance de seu portfólio no Brasil. Mas avalia que elas oferecem uma boa recompensa pelo risco de compra. A empresa seria, assim, o melhor nome na indústria do saneamento. O banco também avalia que os dividendos extraordinários serão bem aceitos. Por isso, recomenda a ação como overweight (previsão de desempenho acima do mercado), e preço-alvo de R$ 62.

O Credit Suisse avaliou que os resultados do terceiro trimestre foram acima do esperado, principalmente devido a aumento de volume e provisões abaixo do esperado. Mas os resultados ainda são afetados pela pandemia, com taxa de inadimplência alta e atraso no ajuste de tarifas. O banco mantém recomendação neutra para as ações da Copasa, com preço-alvo de R$ 51,10, frente os atuais R$ 42,80.

Porto Seguro (PSSA3)

A Porto Seguro teve lucro líquido – sem combinação de negócios – de R$ 401,5 milhões no terceiro trimestre, 19,8% superior frente igual período de 2019. As receitas totais, que incluem prêmios de seguros e de outros produtos, como cartões e consórcios, tiveram alta de 4,7%, para R$ 4,9 bilhões no terceiro trimestre, comparado ao mesmo período de 2019.

Paranapanema (PMAM3)

A produtora de cobre refinado Paranapanema teve prejuízo de R$ 166,2 milhões no terceiro trimestre de 2020, revertendo lucro de R$ 156,3 milhões  na base anual. Já a receita teve queda de 36,9%, para R$ 838,3 milhões, ante um montante de R$ 1,329 bilhão no mesmo período do ano passado.

Irani (RANI3)

Também na sexta, a Irani Papel e Embalagem registrou lucro líquido de R$ 25,5 milhões no terceiro trimestre de 2020. Ela reverte desta forma prejuízo de R$ 58,8 milhões no terceiro trimestre de 2019. A empresa afirmou que a alta foi impulsionada pelo aumento da receita líquida, e melhora das margens.

O Ebitda ajustado das operações continuadas foi de R$ 55,6 milhões, alta de 10,4%. A margem Ebitda da companhia foi de 21,3%, uma queda de 1,8 ponto percentual. A margem líquida subiu 3,5 pontos percentuais, a 9,8%.

O Credit Suisse afirmou que o lucro Ebitda está em linha com sua expectativa, e que 80% de seu volume é vendido a setores mais protegidos de ciclos de negócios. Seus preços movem-se em linha com a inflação, e a empresa mantém projetos focados em crescimento e redução de custo nos próximos anos. Por isso, o banco mantém a avaliação em outperform, com preço-alvo de R$ 6,50, frente os R$ 4,47 atuais.

Eletrobras (ELET3;ELET6)

Na sexta, a Eletrobras anunciou que aprovou a captação de debêntures por meio das subsidiárias Eletronorte e CGT Eletrosul, no valor e R$ 750 milhões.

CCR (CCRO3)

Na sexta, a CCR anunciou que, pela primeira vez durante a pandemia, o tráfego semanal em estradas cresceu frente a 2019 entre as rodovias sob sua administração, no que pode ser atribuído ao relaxamento das medidas de isolamento social.

Entre 23 e 29 de outubro houve alta de 0,5% no tráfego, frente o mesmo período do ano anterior. Isso Não ocorria desde março. A CCR administra o Sistema Anhanguera/Bandeirantes, que liga a cidade de São Paulo ao interior do Estado, e a Via Dutra, que é a principal ligação rodoviária entre Rio de Janeiro e São Paulo.

De acordo com a concessionária, o resultado foi puxado pelo tráfego de veículos comerciais, que foi 8,1% maior. Já o tráfego de carros de passeio ainda foi 9% menor na comparação anual. No acumulado do ano até 29 de outubro, no entanto, o tráfego total foi 8,9% menor.

Já no caso dos aeroportos geridos pela CCR, o que inclui os terminais de Confins (MG) e Viracopos (SP), o movimento na semana foi 66,8% mais baixo do que no mesmo período de 2019.

Petrobras (PETR3;PETR4)

Segundo a coluna de Lauro Jardim, do O Globo, deve ser assinada em dezembro a venda da refinaria Landulpho Alves (BA), da Petrobras, para o Mubadala, o fundo soberano de Abu Dhabi, por pouco menos de US$ 2 bilhões.

Ânima (ANIM3)

A Ânima Educação informou que faz parte da operação da compra das operações da Laureate no Brasil, a venda concomitante de 100% da Faculdades Metropolitanas Unidas (FMU) ao fundo Farallon.

Em fato relevante enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a Ânima informou que nos termos do acordo já celebrado, em que a Farallon assumiu a obrigação de comprar todas as participações futuras na FMU, por um valor de R$ 500 milhões, simultaneamente à compra dos ativos da Laureate pela Ânima Educação.

“Dentre as condições para implementação da transação e para a venda da FMU à Farallon, ressalta-se a condição suspensiva de aprovação da operação pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), nos termos da legislação aplicável”, explica o documento. Ou seja, em outras palavras, a venda da FMU ao fundo Farallon está atrelada à aprovação pelo Cade da compra da Laureate pela Ânima Educação.

A companhia informou que o contrato de compra da Laureate no Brasil prevê, em síntese, um preço, no fechamento, de R$ 4,4 bilhões, sendo R$ 3,777 bilhões a serem pagos a Laureate em dinheiro e R$ 623 milhões de dívidas dos ativos a serem assumidas pela Ânima Educação.

Em fato relevante enviado à CVM, a empresa diz que a proposta inclui, ainda, R$ 203 milhões a título de earn-out por 135 vagas de medicina pendentes de aprovação.

Bradesco (BBDC3;BBDC4)

O Bradesco concluiu na última sexta a compra do BAC Florida Bank, que foi anunciada em 6 de maio de 2019. A operação reduzirá o índice de Basileia do Bradesco em 0,2 ponto percentual.

IRB (IRBR3)

O IRB reporta hoje após o fechamento do mercado. O Brasil Plural espera mais um trimestre de perdas. “Após registrar seu primeiro prejuízo desde o IPO no segundo trimestre de 2020 (R$ 685 milhões), esperamos que a resseguradora reporte outro prejuízo líquido de cerca de R$ 185 milhões no terceiro trimestre. O IRB já reportou dois meses de resultado do terceiro trimestre, apresentando prejuízo de R$ 128 milhões”, destacam os analistas.

Tenda (TEND3)

A XP Investimentos elevou a recomendação de Tenda de neutro para compra, com o preço-alvo de R$37,20 por ação, o que representa um potencial de valorização de 38% sobre o último preço de fechamento.

“Em nossa opinião, a combinação da recente correção dos preços da ação e a melhora significativa de sua performance operacional nos últimos meses criou uma oportunidade de entrada no papel, que hoje está negociando a múltiplos atrativos de 1,9 vez valor de mercado pelo valor patrimonial e 10,4 vezes o preço sobre lucro projetado para 2021”, apontam os analistas.

Ford (FDMO34)

No sábado, a montadora Ford anunciou a venda de suas fábricas no Brasil para a empresa de construção civil e logística São José e a gestora de ativos Fram Capital, sem informar o valor. A fábrica atuou por 52 anos na produção de veículos em São Bernardo, e foi fechada há um ano. A Ford diz que o movimento é um marco no retorno à lucratividade sustentável na América do Sul.

(Com Agência Estado)

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