BB quer vender ativos na Argentina; Gerdau elevada pelo Credit e onze resultados no radar

Confira os destaques do noticiário corporativo desta quinta-feira (4)

Lara Rizério

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SÃO PAULO – Além dos olhos do mercado se voltarem para a decisão do Bank of England de cortar os juros para 0,25%, a Bolsa brasileira também deve repercutir a enxurrada de resultados, além de recomendações de ações. Confira os destaques desta quinta-feira (4):

Banco do Brasil
O Banco do Brasil (BBAS3) contratou o JPMorgan para vender fatia no Patagônia, afirmou fonte à Bloomberg. A ideia é vender Banco Patagônia para investidores estratégicos ou fazer uma oferta pública, disse a pessoa, que pediu anonimato porque as discussões são privadas. Ainda não está definido o tamanho da fatia do banco a ser vendida, disse a pessoa

O Banco do Brasil, com ativos totais de R$ 1,4 tri, precisa levantar capital para enfrentar o aumento das perdas com inadimplência em meio à recessão brasileira; o JPMorgan e BB não quiseram comentar. O BB tem 58,55% do Banco Patagônia, que tem patrimônio líquido de US$ 2,3 bilhões, de acordo com dados da bolsa argentina. A Patagônia é o 11º maior banco da Argentina, com ativos de 55,8 bilhões de pesos (US$ 3,75 bilhões).

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Santander e Citi
Segundo o Broadcast, o Santander Brasil (SANB11) fez proposta vinculante pela operação do Citi no Brasil. Fontes dizem ainda que é provável que o Itaú Unibanco (ITUB4) também tenha feito um novo lance, garantindo, assim, sua permanência na próxima fase da disputa. O banco americano aceitou propostas até a última segunda-feira (01) e agora está debruçado na análise para selecionar a instituição com a qual negociará com exclusividade.

O Santander é tido como principal interessado em levar o Citi, na visão de fontes de mercado ouvidas pela agência. Além de ter perdido o HSBC para o Bradesco (BBDC4), o apetite do espanhol estaria na base de clientes de alta renda do banco americano e ainda na possibilidade de reforçar o título de único banco internacional de grande porte no País. Com o Citi, seria a sua sexta aquisição no País.

Gerdau
O Credit Suisse elevou a recomendação para a Gerdau (GGBR4) de neutro para outperform (desempenho acima da média do mercado); o preço-alvo foi elevado de R$ 8,50 para R$ 12,00.

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OdontoPrev
O BTG Pactual cortou a recomendação para as ações da OdontoPrev (ODPV3) de neutra para venda, ressaltando que o valuation atingiu níveis históricos, enquanto a incerteza é demasiadamente elevada. 

Light
A Light (LIGT3) reportou prejuízo líquido de R$ 58,4 milhões no segundo trimestre do ano, 2% superior às perdas de R$ 57 milhões anotadas em igual período de 2015. A companhia atribuiu o prejuízo à piora do resultado financeiro em R$ 34,6 milhões, que foi parcialmente compensada pela melhora na linha de equivalência patrimonial.

O Ebitda (Lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado entre abril e junho foi de R$ 162,6 milhões, 10,2% acima do segundo trimestre do ano passado, principalmente em função do aumento de 26,4% no volume de energia vendida pela geradora, devido à estratégia de sazonalização, explicou a empresa no relatório de resultados. A margem Ebitda ajustado foi de 8,1% no segundo trimestre do ano elevação de 1,5 pontos porcentuais ante igual intervalo de 2015.

A receita líquida recuou 10,4% no segundo trimestre para R$ 1,999 bilhão. O resultado financeiro consolidado foi negativo em R$ 98,6 milhões, 54% maior do que a despesa financeira de R$ 64,0 milhões registrada em igual etapa do ano passado. A companhia encerrou junho com dívida líquida de R$ 6,059 bilhões, queda de R$ 602,6 milhões em um ano. O mercado total de energia (faturado) cresceu 0,6% no trimestre, alcançando 6.486 GWh, puxado pelos segmentos residencial (6,7%) e comercial (2,1%).

BM&FBovespa e Cetip
O Cade autorizou pedido de ingresso como terceiro interessado da ATS Brasil e American Clearing System em ato de concentração que avalia negócio BM&FBovespa e Cetip, segundo despacho no Diário Oficial.

O Cade também determinou intimação da ATS Brasil e da American Clearing System para que regularizem sua situação no processo e apresentem os documentos e pareceres necessários até 19 de agosto. O órgão indeferiu pedido de ingresso como terceiro da Associação Nacional de Proteção dos Acionistas Minoritários.

Oi
O Conselho da Oi (OIBR4) autorizou solicitar parecer sobre AGE a jurista. O Conselho da operadora reuniu-se nesta quarta-feira “para apreciar o novo requerimento de convocação de assembleia geral extraordinária enviado por Societé Mondiale”, segundo comunicado.

Ao analisar requerimento, o Conselho considerou que: “existem dúvidas de cunho legal sobre a competência da assembleia geral para deliberar sobre determinadas matérias constantes do requerimento”. “Com relação à eventual ação de responsabilidade contra administradores, por implicar em potencial alteração do conselho de administração, tal matéria produziria o mesmo efeito daquelas contidas no requerimento de convocação de assembleia anteriormente apresentado pelo mesmo acionista, que é objeto de consulta ao Juízo da 7ª Vara Empresarial da Comarca da Capital do Estado do Rio de Janeiro, onde tramita a recuperação judicial da companhia”. 

“Com relação à eventual ação de responsabilidade contra administradores, o conselho de administração da companhia reitera seu entendimento de que deve ser dado integral cumprimento à decisão judicial” mencionada em comunicado em 22 de julho. “Relativamente aos demais itens propostos no requerimento de convocação de assembleia, com o objetivo de poder avaliar a legalidade de tais matérias e deliberar oportunamente sobre a convocação, o conselho de administração autorizou os administradores a solicitar um parecer legal a jurista de reconhecida competência”

Em 1 de agosto, Société Mondiale pediu convocação de nova AGE para decidir sobre anulação da permuta realizada com Portugal Telecom (atual Pharol), aprovada em março de 2015. O acionista também pediu ação de responsabilidade por atos ilícitos praticados contra a companhia pela Pharol, na subscrição da oferta pública encerrada em maio de 2015. 

Braskem
A Braskem (BRKM5) registrou uma evolução de 3% em sua receita líquida entre abril e junho deste ano, atingindo a marca de R$ 11,886 milhões, conforme apontou em demonstrativo de resultados apresentado ao mercado nesta manhã. Por outro lado, o lucro líquido da companhia caiu 73%, registrando R$ 281 milhões no segundo trimestre. O Ebitda (Lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado, foi de R$ 3,011 milhões no período, o que corresponde a uma alta de 15% no comparativo anual.

ABC Brasil
O ABC Brasil (ABCB4) viu seu lucro líquido contábil crescer 17,2% no segundo trimestre em comparação com o mesmo período do ano anterior, ao marcar R$ 104,1 milhões entre abril e junho deste ano. O lucro líquido contábil por ação da companhia passou de R$ 0,58 para R$ 0,67 no mesmo comparativo, atingindo R$ 104,1 milhões no segundo trimestre de 2016. O retorno anualizado sobre o patrimônio líquido, por sua vez, atingiu 15,7% ao ano no período, o que corresponde a um aumento de 0,7 ponto percentual em comparação com o trimestre anterior e 0,1 ponto ante o segundo trimestre de 2015.

Santos Brasil
A Santos Brasil (STBP11) viu sua receita operacional líquida recuar de R$ 232,086 milhões para R$ 202,290 milhões entre o segundo trimestre do ano passado e o mesmo período este ano. Neste item, todos os segmentos apresentaram recuo em tal comparativo, com destaque para a área de terminais portuários de contêineres, responsável pela maior parte do faturamento da companhia. O Ebitda, por sua vez, caiu 53,8% no período, somando R$ 22,3 milhões no segundo trimestre de 2016. Já o lucro líquido foi de R$ 4,7 bilhões entre abril e junho do ano passado para prejuízo de R$ 5,7 bilhões no mesmo período em 2016.

O Bradesco BBI afirmou que o trimestre foi “fraco”, ainda refletindo o excesso de capacidade no Porto de Santos; “no entanto, o cenário pode começar a melhorar no final de 2016”. 

Cemig 
A Cemig (CMIG4) avalia vender parte de suas ações na transmissora de energia Taesa, na qual controladora, para levantar cerca de R$ 500 milhões, informou a Reuters citando uma fonte com conhecimento do assunto. De acordo com a agência de notícias, a estatal mineira pretende vender 6,5% de sua participação de 43,36% na companhia.

Dessa forma, a Cemig ainda continuaria como a principal acionista, seguida pelo fundo Coliseu, que detém 22,14% da Taesa. Segundo as informações, a fatia na companhia a ser ofertada faz parte de um grupo de ações que a Cemig desvinculou recentemente do bloco de controle da transmissora.

“Esse processo deve acontecer nas próximas semanas, entre um e dois meses… isso é o que ela tem em mente agora, mas se precisar vender mais, tem liquidez… tem bastante comprador, a Taesa é uma empresa redonda, muito bem gerida”, afirmou a fonte.

Vale
A Vale (VALE3; VALE5) precificou a oferta de bônus de sua subsidiária integral Vale Overseas de US$ 1 bilhão com cupom de 6,250% para os bônus com vencimento em agosto de 2026. Os bônus têm um cupom de 6,250% ao ano, pagos semestralmente, e foram precificados a 100% do valor de face do título. Esses bônus têm vencimento em 10 de agosto de 2026 e foram emitidos com um spread de 470,3 pontos-base sobre os títulos do Tesouro dos EUA, resultando em um rendimento para o investidor de 6,250% ao ano. 

A Vale pretende utilizar os recursos líquidos dessa oferta para pagar parte do preço de resgate dos bônus com cupom de 6,250% e com vencimento em 2017, emitido pela Vale Overseas e garantidos pela Vale, com vencimento em janeiro de 2017.

Magazine Luiza
A rede varejista Magazine Luiza (MGLU3) encerrou o segundo trimestre de 2016 com lucro líquido de R$ 10,4 milhões – uma alta de 243% em relação ao mesmo período do ano passado. No semestre, o lucro ficou em R$ 15,7 milhões, alta de 166% frente aos primeiros seis meses de 2015.

Segundo a empresa, as vendas brutas consolidadas cresceram 4,8% de abril a junho em relação ao mesmo trimestre do ano anterior. Já as vendas do e-commerce tiveram alta de 33,6%, e alcançaram 22,5% do total das vendas da empresa.

A companhia registrou também um “impairment” relacionado à provisões para perdas em crédito de liquidação duvidosa de R$ 5,5 milhões no trimestre. O forte crescimento do lucro, no entanto, foi reflexo da queda das despesas com vendas, gerais e administrativas no segundo trimestre, graças a um controle rigoroso de gastos, de acordo com a companhia.

Multiplus
O lucro líquido da Multiplus (MPLU3) teve alta de 25% no segundo trimestre na comparação anula, atingindo R$ 136,5 milhões, enquanto a receita líquida entre abril e junho cedeu 3%, para R$ 543,7 milhões. Por outro lado, o custo de resgates de pontos recuou 10%.

As despesas operacionais recuaram 12%, levando o lucro operacional a R$ 147,2 milhões, o que representa um avanço de 23%. Já a margem operacional chegou a 27,1%, com alta de 5,8 pontos percentuais.

Totvs
A companhia de tecnologia Totvs (TOTS3) viu seu lucro líquido cair 45% no segundo trimestre deste ano, para R$ 37,7 milhões, resultado afetado, de acordo com comunicado, pela mudança na estrutura de capital da companhia no período, que saiu de uma posição de caixa líquido entre abril e junho de 2015 para uma posição de dívida líquida no segundo trimestre deste ano.

Enquanto isso, a receita líquida da companhia totalizou R$ 545 milhões no período, com queda de 2% em relação ao mesmo período de 2015. No 2T16, a companhia conquistou 900 novos clientes em subscrição e vendeu 440 unidades da solução Bemacash, que combina o software de gestão da TOTVS para microempresas (Fly01) e soluções de hardware de automação e fiscais da Bematech.

O Santander destacou que os resultados foram “fracos”; margens de software contraíram com “nova desaceleração em licenças e receita de manutenção, em meio à exposição a segmentos econômicos com menor desempenho”. 

Mills
A Mills (MILS3) registrou prejuízo líquido de R$ 20,9 milhões no segundo trimestre, o que representa uma alta de 156% em relação às perdas de R$ 8,2 milhões do mesmo período de 2015. De acordo com o balanço, os números foram impactados pela piora no desempenho operacional, além de provisões e despesas não recorrentes. “A forte deterioração da atividade econômica no Brasil, resultou na continuidade da pressão sobre preço e volume em nossas unidades de negócio”, disse a empresa.

A receita líquida da companhia recuou 29%, para R$ 105,4 milhões, enquanto os custos não caíram em igual proporção e houve aumento de despesas, levando a um prejuízo operacional de R$ 26,1 milhões, contra lucro operacional de R$ 9 milhões um ano antes. 

Sanepar 
A Sanepar (SAPR4), estatal de saneamento do Paraná, viu seu lucro líquido subir 85% no segundo trimestre deste ano, atingindo R$ 209,1 milhões. Já a receita líquida da companhia cresceu 24% no mesmo período, totalizando R$ 876,1 milhões, enquanto o Ebitda avançou 68%, a R$ 339,6 milhões.

O resultado se deve principalmente ao crescimento da receita operacional e por reversão de provisões cíveis e ambientais decorrentes de sentença judicial favorável à empresa.

Sonae Sierra 
A operadora de shopping centers Sonae Sierra (SSBR3) fechou o segundo trimestre com lucro líquido consolidado de R$ 55,62 milhões, uma queda de 45,2% em relação ao mesmo período do ano passado. A companhia detalhou que o lucro líquido atribuível aos proprietários da controladora totalizou R$ 3,9 milhões, uma retração de 94,4% na mesma base de comparação.

 O Ebitda atingiu R$ 53,1 milhões, montante 5,8% abaixo do registrado no mesmo período do ano passado. A margem Ebitda caiu 6,0 pontos porcentuais, para 64,5%. O fluxo de caixa operacional (FFO, na sigla em inglês) totalizou R$ 31,1 milhões, diminuição de 11,6%. Já a receita líquida no segundo trimestre alcançou R$ 82,3 milhões, um aumento de 2,9%.

Em sua apresentação de resultados a companhia explicou que, mesmo com crescimento da receita, o Ebitda caiu devido às maiores provisões para créditos de liquidação duvidosa e custos com lojas vagas, enquanto o resultado líquido foi afetado por maiores impostos correntes.

Profarma 
A Profarma (PFRM3) registrou um lucro líquido de R$ 8,4 milhões no segundo trimestre, uma forte alta ante os R$ 126 mil de um ano antes. A empresa destaca na comparação a mudança estrutural e seus eventos operacionais e societários relativos à aquisição dos 50% remanescentes da rede de varejo Tamoio em dezembro de 2015 e os eventos não recorrentes ocorridos nos períodos comparados. Com isso, o lucro ajustado seria de R$ 16 milhões.

A receita da farmacêutica cresceu 19,2% no período, para R$ 1,1 bilhão, enquanto o Ebitda atingiu R$ 54,1 milhões, o que representa uma alta de 99%. A receita com a divisão distribuição farma somou R$ 1 bilhão, aumento de 11,4% em um ano.

Vivo
A Telefônica Brasil (VIVT4), dona da marca Vivo, iniciou ontem o processo de demissão de funcionários para eliminar a duplicação de cargos com a integração da GVT, informa o Valor Econômico. A companhia dispensou 300 colaboradores, segundo funcionários. Nesse caso, ainda tem uma lista com mais de 700 cargos para eliminar, de acordo com a meta de cerca de mil demissões estabelecida pela empresa.

Sabesp
A Sabesp (SBSP3) decidiu suspender negociações com Guarulhos. “A despeito dos esforços de ambas as partes, não foi possível alcançar uma solução de consenso”, segundo comunicado. 

A Sabesp “continuará a envidar todos os esforços nas esferas administrativa e judicial para a recuperação dos créditos devidos por esse município à companhia”. Em 8 de janeiro, a companhia havia assinado Protocolo de Intenções com Guarulhos para “elaborar estudos e avaliações visando o equacionamento das relações comerciais e das dívidas existentes entre este município e a companhia”.

Cyrela
A Cyrela (CYRE3) teve aval do Cade para negócio com a Tecnisa; o negócio foi aprovado sem restrições, segundo ato publicado no Diário Oficial. No final de junho, a Cyrela acertou um acordo para investir entre 73 milhões e 100 milhões de reais na rival. A operação vai envolver um aumento de capital de até R$ 200 milhões pela Tecnisa, no qual a Cyrela e os acionistas da Tecnisa Meyer Joseph Nigri e JAR Participações vão investir pelo menos R$ 124,7 milhões na Tecnisa. O preço de emissão das ações será de R$ 2,00.

PDG
A PDG (PDGR3) afirmou em comunicado que está em fase final de reestruturação com bancos. O acordo com as instituições engloba 70% da dívida bruta da construtora.  

Aliansce
O Conselho da Aliansce (ALSC3) aprovou emitir até R$ 236,3 milhões em debêntures. O valor inicial é de R$ 175 milhões, podendo aumentar até R$ 236,3 milhões, desde que a quantidade de CRI ofertada seja aumentada, disse a Aliansce em comunicado ao mercado. A emissão será em 2 séries, com prazo de 60 meses e 96 meses, respectivamente.]

(Com Bloomberg e Agência Estado)

Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.