BB lucra R$ 3,06 bi, JBS bate recorde e Gol vê prejuízo crescer quase 8 vezes; veja mais

Ainda entre os balanços, a Cosan registrou prejuízo líquido de R$ 13,3 milhões, enquanto a Copel viu seu lucro cair 60,8%, para R$ 91 milhões

Paula Barra

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SÃO PAULO – Com a temporada de balanços chegando ao fim, uma série de empresas divulgaram balanços entre a noite de ontem e a manhã desta quinta-feira. Confira os resultados abaixo: 

Banco do Brasil
Entre a temporada de balanços corporativos, o
 Banco do Brasil (BBAS3), maior instituição financeira do país em ativos, anunciou nesta quinta-feira que teve lucro líquido de R$ 3,06 bilhões no terceiro trimestre, crescimento de 10,1% sobre o mesmo período de 2014. Em bases recorrentes, o lucro do BB foi de R$ 2,881 bilhões, praticamente estável ante os R$ 2,885 bilhões de um ano antes. A previsão média de analistas consultados pela Reuters era de que o lucro excluindo efeitos extraordinários seria de R$ 3,017 bilhões.

Para o BTG Pactual, a primeira leitura é um resultado fraco, com lucro líquido ajustado abaixo do estimado. Mesma visão da XP Investimentos, que ressaltou que o lucro abaixo do projetado contribuiu para um ROE (Retorno sobre Patrimônio Líquido) de 13,3%, contra 16,1% no mesmo trimestre do ano passado. Além disso, destaque negativo ainda para o aumento da inadimplência, que passou de 4,8% para 5,2% em um ano. 

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O resultado abaixo das expectativas, em termos de lucro, fez o banco rever o guidance de ROE para o ano, pois o guidance de ROE em 2015 era entre 14% e 17%, enquanto que no ano está até o momento na casa de 13,7%. Assim, o banco revisou o guidance para entre 13% e 16% de ROE.  Também foi revisado projeções de crescimento da carteira de crédito da pessoa jurídica este ano para 5% a 9%, ante 7% a 11% estimados anteriormente.

JBS (JBSS3)
O ganho com derivativos para proteção cambial e o melhor desempenho operacional no Brasil levou a JBS a registrar seu maior lucro trimestral de sua história. O frigorífico viu seu lucro aumentar em quase 3 vezes, indo para R$ 3,44 bilhões no terceiro trimestre. No ano anterior, a JBS fechou o terceiro trimestre com lucro líquido de R$ 1,092 bilhão.

Os ganhos com derivativos já eram esperados pelo mercado e resultam da política de hedge da empresa, que visa proteger 100% da sua exposição cambial, incluindo as operações fora do Brasil, que geram receita em dólar. 

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A receita líquida da companhia avançou 40%, atingindo os R$ 43 bilhões. Já o Ebitda fechou a R$ 3,80 bilhões, com alta de 6% na comparação anual, enquanto a margem Ebitda da empresa caiu de 11,8% para 8,9%.

Para analistas do Haitong, o resultado operacional veio ligeiramente acima do esperado, mas o lucro líquido foi mais fraco. Eles comentaram que a companhia deve continuar mostrando crescimento em suas operações no sul e o pior case segue com as operações do norte. O banco reiterou recomendação de compra das ações. 

Gol
A Gol registrou prejuízo líquido de R$ 2,133 bilhões no terceiro trimestre deste ano, alta de quase 8 vezes sobre o prejuízo líquido de R$ 245,1 milhões registrado um ano antes. Segundo a empresa, do total do prejuízo, R$ 1,440 bilhão, ou 67,5%, referem-se às variações monetárias e cambiais líquidas. A receita da Gol cresceu 1,1% no terceiro trimestre, para R$ 2,489 bilhões. 

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Juntamente com o resultado, a companhia revisou sua projeção de margem operacional (Ebit) em 2015 para o intervalo de baixa de 2% a 0%, ante previsão anterior de alta de 2% a 5%, citando a volatilidade cambial, a queda dos preços internacionais do petróleo e a atual conjuntura econômica.

A empresa também anunciou ajustes na malha e redução de frota. Dos quinze Boeing 737-800 NG programados para entre 2016 e 2017, serão incorporados à frota quatro aeronaves no período. Além disso, será feito o subleasing de 12 aeronaves em 2016 às aéreas estrangeiras durante a baixa temporada no Brasil, ante 7 em 2015.

Oi
O grupo de telecomunicações Oi (OIBR4) teve prejuízo líquido de R$ 1,021 bilhão no terceiro trimestre, revertendo resultado positivo de R$ 5 milhões registrado no mesmo período do ano passado. 

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 A companhia apurou queda anual de 3,6% na geração de caixa medida pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda), para R$ 2,178 bilhões de reais. 

A dívida líquida somou ao final de setembro R$ 37,2 bilhões, alta de 7,5% sobre o segundo trimestre deste ano, mas queda de 22% na comparação anual.

Suzano
A Suzano (SUZB5teve prejuízo de R$ 959 milhões no terceiro trimestre, salto ante o resultado líquido negativo de R$ 362 milhões no mesmo período do ano anterior, impactada pela variação cambial no período. 

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O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) ajustado somou R$ 1,476 bilhão, mais que o dobro dos R$ 615 milhões registrados um ano antes. Analistas esperavam, em média, prejuízo de R$ 1,042 bilhão e Ebitda ajustado de R$ 1,338 bilhão, segundo previsões compiladas pela Reuters.

Kroton
A Kroton (KROT3encerrou o terceiro trimestre com lucro líquido ajustado de R$ 407,4 milhões, um crescimento de 33,7% sobre o resultado obtido no mesmo período do ano passado. A empresa apurou uma geração de caixa medida pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado de R$ 508,2 milhões, alta de 27,4% sobre o terceiro trimestre de 2014. Analistas esperavam, em média, lucro líquido de R$ 367,7 milhões e Ebitda de R$ 471 milhões.

A maior companhia de educação privada do país com ações em bolsa teve crescimento de 7,8% na receita líquida do terceiro trimestre, para R$ 1,23 bilhão. Com o resultado, a Kroton aprovou distribuição de dividendos mínimos obrigatórios de R$ 74,3 milhões, a serem pagos em 18 de novembro.

Para o BTG Pactual, o resultado operacional veio muito bom e um pouco melhor do que o esperado. As provisões com devedores duvidosos também trouxeram boas notícias para margem, enquanto do lado da receita, o ticket médio presencial que era o grande foco, cresceu 4% na comparação anual, o que, apesar de mostrar uma desaceleração, não foi tão ruim quanto os analistas esperavam. “Bom resultado que pode ajudar na performance do papel hoje”, comentaram. 

Bradespar
A holding Bradespar (BRAP4), que detém participação na Vale, registrou aumento de 1.240% no prejuízo líquido no terceiro trimestre, para R$ 279,9 milhões na comparação anual. No mesmo período de 2014, a companhia havia registrado prejuízo de R$ 20,9 milhões. 

Cosan (CSAN3)
A Cosan, uma das maiores companhias de infraestrutura, distribuição de combustíveis e energia do país, informou que teve no 3º trimestre do ano, encerrado em 30 de setembro, um prejuízo líquido de R$ 13,3 milhões. Em igual intervalo do ano passado, a companhia teve um lucro líquido de R$ 15,2 milhões.

Na comparação com o mesmo período de 2014, a receita líquida da Cosan subiu 14,2% no terceiro trimestre deste ano, para R$ 11,440 bilhões. No trimestre, a dívida líquida da Cosan aumentou 5,6%, para R$ 11,4 bilhões, sem aumento da alavancagem. No mesmo período, a companhia destinou R$ 379 milhões para investimentos recorrentes (Capex), um recuo de 24,7%.

Copel (CPLE6)
A Companhia Paranaense de Energia (Copel) divulgou lucro líquido de R$ 91 milhões no terceiro trimestre de 2015 nesta quarta-feira, uma queda de 60,8% ante os resultados do mesmo período do ano anterior, motivada pela diminuição de 2,4% de seu mercado total, disse a empresa.

No mesmo período, a empresa registrou lucro antes juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) de R$ 299 milhões, uma queda ante os R$ 496 milhões obtidos no terceiro trimestre de 2014. A receita operacional foi de R$ 3,24 bilhões, 1,3% menor que a obtida um ano antes.

A unidade Copel Distribuição, por sua vez, teve uma perda de R$ 73,1 milhões e Ebtida negativo de R$ 85,5 milhões. Segundo a companhia, tal resultado foi causado pela “retração do mercado de energia”. O fornecimento de energia caiu 1,2% na comparação anual.

IMC 
A IMC (MEAL3), dona das redes de restaurantes Viena e Frango Assado, registrou um prejuízo líquido de R$ 11,3 milhões no terceiro trimestre, revertendo lucro de R$ 4,3 milhões em igual período de 2014. 

SLC Agrícola (SLCE3)
A SLC Agrícola informou que teve no terceiro trimestre do ano um lucro líquido de R$ 9,5 milhões, um aumento de 251% frente aos R$ 2,7 milhões de igual intervalo de 2014. Conforme a empresa, o desempenho reflete o maior resultado bruto, que cresceu 64,4%, para R$ 87,6 milhões na mesma comparação. Nos nove meses do ano, a companhia teve um resultado líquido positivo de R$ 85,8 milhões, 63% acima dos R$ 52,8 milhões registrados em igual intervalo de 2014.

(Com Reuters)

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