BB (BBAS3) reduz porcentagem de lucro pago a acionistas como dividendos para 30%

Porcentagem era de 40% a 45%

Lara Rizério Agências de notícias

(Freepik)
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O Banco do Brasil (BBAS3) cortou a sua projeção de pagamento de dividendos, passando de 40% a 45% do payout (percentual do lucro pago como dividendos) para 30%.

Segundo o banco estatal, a decisão foi tomada com base nos balizadores constantes na sua política, em especial, os resultados da instituição financeira, a necessidade de caixa, a declaração de apetite e tolerância a riscos, suas metas e projeções de capital, perspectivas dos mercados de atuação presentes e potenciais, a manutenção e expansão da capacidade operacional.

O BB comunica, ainda, que considerando a necessidade de convergência para o novo payout, os pagamentos de juros sobre capital próprio referente ao primeiro semestre de 2025 já foram realizados integralmente em 21 de março e 12 de junho de 2025.

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O cronograma de pagamentos previsto para o segundo semestre de 2025 permanece inalterado, conforme disposto no fato relevante de 19 de fevereiro de 2025, apontou.

O BB registrou lucro líquido ajustado de R$ 3,784 bilhões no segundo trimestre, um tombo de 60% em relação ao mesmo período do ano passado. Projeções compiladas pela LSEG apontavam lucro líquido de R$ 5 bilhões para o período.

Investidores aguardavam com ansiedade pela divulgação dos números do segundo trimestre, após o resultado do primeiro trimestre, apresentado em meados de maio, ser “pior do que se temia”, como escreveram analistas do BTG Pactual após os dados.

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Nos primeiros três meses do ano, o BB mostrou um resultado bem aquém das previsões no mercado, com lucro líquido ajustado de R$7,37 bilhões, pressionado pelo agravamento da inadimplência de parte da carteira de agronegócios e novas regras contábeis.

O banco de controle estatal suspendeu na ocasião várias previsões sobre o desempenho em 2025, incluindo para o lucro. No primeiro pregão após a divulgação do balanço, as ações chegaram a desabar quase 15% no pior momento.

Desde então, em meio a revisões de perspectivas para o banco pelo mercado e novos ruídos envolvendo números do Banco Central sobre o setor, os papéis acumularam uma perda de mais de 30%.

(com Reuters)

Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.