BB anuncia reestruturação e quer economizar R$ 750 mi; Oi estuda fusão com Sky e TIM e mais 8 notícias

Confira os destaques do noticiário corporativo desta segunda-feira (21)

Lara Rizério

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SÃO PAULO – A semana já começa movimentada nos mercados, com a notícia de que o BB está fazendo um plano de reestruturação para enxugar a instituição. Além disso, segundo o Valor, a Oi estuda a fusão com a Sky e a TIM. Novas vendas de ativos pela Petrobras também estão no radar. Confira os destaques: 

Banco do Brasil (BBAS3)
O grande destaque desta segunda-feira fica para o Banco do Brasil, que anuncia nesta segunda-feira, em coletiva de imprensa, um plano de reestruturação da instituição que reduzirá o número de agências e oferecerá um plano de aposentadoria incentivada para até 18 mil funcionários. 

Segundo comunicado ao mercado divulgado no site da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), o BB fechará 402 agências em todo o País e transformará outras 379 em postos de atendimento ao longo do próximo ano. A economia anual com o enxugamento da estrutura é estimada pelo BB em R$ 750 milhões, sendo R$ 450 milhões da nova estrutura organizacional e R$ 300 milhões de redução de gastos com transporte de valores, segurança, locação e condomínios, manutenção de imóveis, entre outras despesas. Atualmente, o BB conta com 5.430 agências e 1.791 postos de atendimento. O banco também fechará 28 superintendências regionais de varejo e três de governo de um total de 140. Em comunicado ao mercado, o BB informou que haverá revisão e redimensionamento da estrutura organizacional em todos os níveis: direção geral, superintendências, órgãos regionais e agências.

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Em relação às agências, o BB afirmou que a rede “será reorganizada de forma a adequar-se ao novo perfil e comportamento dos clientes, com o aproveitamento de sinergias, a otimização de estruturas e a ampliação de serviços digitais, sem comprometer a presença do BB nos municípios em que atua”. Serão criados 34 escritórios digitais e ampliados os 12 que já existem. O BB não fechará agência em município onde só o banco atua.

Petrobras (PETR3;PETR4)
Segundo o jornal Folha de S. Paulo, a Petrobras negocia a venda de uma participação nas áreas mais cobiçadas do pré-sal –próximas aos megacampos de Lula e Sapinhoá– para o grupo francês Total. O objetivo é concluir a operação ainda neste ano, colaborando para a Petrobras obter US$ 15,1 bilhões com a venda de ativos até dezembro.  

Já a Karoon Gas Australia disse que tomou conhecimento de ação judicial iniciada por José Hunaldo Nunes Santos contra a Petrobras e ANP na qual ele argumenta que processo de venda de campos pela petrolífera não cumpriu com relevantes exigências regulatórias brasileiras, segundo comunicado divulgado no site da companhia australiana. 

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Como parte do processo, uma liminar determina que Petrobras e ANP interrompam o procedimento de venda neste momento. A liminar não é final e empresa está iniciando apelação. A Karoon diz que está atualmente analisando o processo judicial, incluindo seus potenciais efeitos sobre o prazo da compra de uma participação nos campos Baúna e Tartaruga Verde.

Oi (OIBR4)
Com uma dívida de R$ 65 bilhões, a Oi considera se unir à Sky, controlada pela AT&T, e à Tim Brasil no médio e longo prazos, uma vez que tenha superado o atual processo de recuperação judicial e não tenha mais pendências com credores. Fontes disseram ao jornal Valor Econômico, que a fusão deve não deve ocorrer antes de 2019 e que tratativas com a norte-americana AT&T foram iniciadas há cerca de um ano, mas não avançaram.

Ainda no noticiário da companhia, a coluna Radar Online, da Veja, informa que Nelson Tanure foi ao Palácio do Planalto em reunião com Moreira Franco; Tanure estava acompanhado de Hélio Costa para apresentar um “plano de salvação” da Oi.  

Em nota à coluna, a assessoria de Tanure afirmou: “o empresário Nelson Tanure, acionista da Oi, esteve com o ministro Moreira Franco para apresentar um plano de recuperação da companhia por meio de uma solução privada, sem o uso de recursos públicos. Tanure tem um longo histórico de recuperação de empresas, incluindo o setor de telecomunicações e petróleo e gás”.

Telefônica Brasil (VIVT4)
A Telefônica Brasil informou nesta segunda-feira estimativa de investimento de 24 bilhões de reais para o período de 2017 a 2019, com foco principal em expansão de cobertura 4G e ampliação da rede de fibra.

De acordo com o fato relevante, a decisão está em linha com a sua estratégia de oferecer qualidade, cobertura e serviços diferenciados a seus clientes e o montante exclui eventuais investimentos em licenças.

A operadora de telecomunicações ainda disse que o valor dos investimentos está sujeito à aprovação do conselho de administração da empresa e a alterações diante de eventuais mudanças no ambiente de negócio e macroeconômico.

Siderúrgicas
Em relatório, o BTG Pactual destacou estar cautelosamente otimista sobre as ações de siderúrgicas, afirmando que elas demandam valuation. Contudo, os analistas seguem com recomendação de compra para Gerdau (GGBR4), neutros em Usiminas (USIM5) e recomendação venda de CSN (CSNA3). 

Cemig (CMIG4)
A Cemig tem a intenção de renovar as concessões das usinas de Jaguara, Miranda e São Simão, diz a empresa, em comunicado divulgado ao mercado na sexta-feira. A busca por sócio privado para tentar manter o controle sobre as três hidrelétricas reflete uma das alternativas de solução que pode viabilizar acordo para manutenção das concessões, de acordo com comunicado. Segundo a empresa, trata-se apenas de intenção e nenhuma transação foi concretizada.

Minerva (BEEF3)
A Minerva pediu aprovação do Cade para aquisição de controle no setor de abate de bovinos, processamento e comercialização de carnes, segundo publicação no Diário Oficial. O documento tem acesso restrito no Cade.

Kroton (KROT3)
A Kroton avaliou editora espanhola Santillana, de acordo com informações do Valor Econômico. Apesar de ter analisado o ativo, grupo brasileiro não apresentou proposta pela editora que pertence ao grupo espanhol Prisa, disse o jornal.

Santillana disse ao jornal que já se pronunciou por meio de fato relevante em 16 de novembro sobre a intenção da venda por seu controlador; naquela data, a Prisa disse avaliar a venda total ou parcial da Santillana. Já a Kroton disse ao Valor que não comenta rumores de mercado.

Ultrapar (UGPA3)
O grupo Ultra aposta na expansão do uso do Gás Liquefeito de Petróleo (GLP) no país, também nos segmentos comercial e industrial. Na prática, poderá ser usado em motores para saunas e piscinas e para fins automotivos. Atualmente, é mais conhecido pelo uso residencial, como gás de botijão, sendo esse foco que motivou a compra da Liquigás, subsidiária da Petrobras, pelo grupo na semana passada, negócio de R$ 2,8 bilhões.

“Sempre acreditamos que o mercado de GLP no Brasil tem oportunidades para o seu crescimento. Estamos convencidos que ainda há bastante espaço para a expansão geográfica, especificamente na distribuição de gás. Adicionalmente, nós vemos oportunidades de novos usos para o GLP no país”, afirmou Thilo Mannhardt, presidente do grupo Ultra, para o jornal O Globo.

Fibria (FIBR3)
A Fibria comprometeu-se a pagar 5,3 milhões de dólares canadenses por 8,3% do capital da empresa CelluForce, com sede em Montreal, segundo fato relevante ao mercado.

A empresa brasileira terá direito de distribuição exclusiva, na América do Sul, da celulose produzida de acordo com a tecnologia da CelluForce. A Fibria terá o direito de indicar um membro do conselho de administração da CelluForce. A empresa não prevê, no curto ou médio prazo, a necessidade de qualquer dispêndio de caixa relevante para cumprir os termos dos contratos com a CelluForce.

(Com Bloomberg e Agência Estado)

Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.