Barclays se prepara para virar noite após votação do Brexit

O objetivo do banco é estar a postos para a abertura do mercado global de moedas

Bloomberg

(Shutterstock)

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(Bloomberg) — A noite de domingo será longa para operadores de câmbio do Barclays. Segundo uma porta-voz, o banco colocará operadores e pessoal de vendas nas mesas em Londres e Nova York a partir das 19 horas pelo horário britânico, quando o mercado global de moedas abre na Nova Zelândia.

No sábado, 20 de outubro, o primeiro-ministro Boris Johnson pode ganhar ou perder uma votação na Câmara dos Comuns sobre o acordo que ele costurou com a União Europeia para o Brexit. Por causa da votação, a libra esterlina estará em movimento assim que possível, como ocorreu na noite de grande turbulência que se seguiu ao dia do referendo, em 2016.

O Barclays não especificou quantos funcionários estarão envolvidos. Embora tenha operadores atuando nos fusos horários da região Ásia-Pacífico, o banco quer mais gente com a mão na massa, diante da perspectiva de volatilidade atípica. Como grande parte do mercado habitual que negocia libras estará dormindo, a liquidez pode ser baixa e o risco de movimentos repentinos é elevado.

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Equipes de pesquisa, vendas e negociação de ativos do Barclays também participarão de uma teleconferência com clientes na tarde de domingo, acrescentou a porta-voz.

O próprio Mark Carney está prevendo agitação no mercado. “Esse processo vai ter um desfecho para um lado ou outro e a libra vai subir ou descer”, afirmou o comandante do Banco da Inglaterra, em 15 de outubro. “Esta é uma grande recomendação de investimento”, brincou ele.

Johnson luta para emplacar o acordo junto a parlamentares desconfiados que repetidamente rejeitaram o acordo anterior de saída da EU, costurado pela antecessora dele, Theresa May. Desde 9 de outubro, o otimismo com a perspectiva de o Reino Unido evitar uma saída sem acordo no prazo de 31 de outubro provocou a valorização da taxa de câmbio de US$ 1,22 por libra para cerca de US$ 1,29.

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Se não conseguir convencer legisladores suficientes da oposição e de seu próprio Partido Conservador, Johnson será forçado a escolher entre tentar adiar o Brexit novamente ou sair do bloco mesmo sem acordo.

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