Banqueiro tem vitória surpreendente sobre socialista em eleição presidencial no Equador

A conquista contraria uma tendência latino-americana recente de triunfos eleitorais da esquerda, como na Argentina, na Bolívia e no Chile

Reuters

Bandeira do Equador (Shutterstock)

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QUITO (Reuters) – O banqueiro Guillermo Lasso obteve uma vitória surpreendente sobre o economista socialista Andrés Arauz no segundo turno da eleição presidencial do Equador no domingo, encaminhando o país para a manutenção de políticas de livre mercado, ao invés de uma volta ao socialismo.

A conquista, uma notícia bem-vinda para investidores tensos com as promessas de grandes gastos sociais de Arauz tendo em vista as finanças estatais frágeis, contraria uma tendência latino-americana recente de triunfos eleitorais da esquerda, como na Argentina, na Bolívia e no Chile.

Mas Lasso, que toma posse em 24 de maio, enfrentará a tarefa desafiadora de ressuscitar uma economia letárgica que passa apertos desde o surto brutal de coronavírus do ano passado, que disparou nos últimos meses à medida que os esforços de vacinação travaram.

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“É um dia no qual todos os equatorianos decidiram seu futuro”, disse Lasso em um evento no qual apoiadores em júbilo gritavam “Lasso presidente!”

Ele acrescentou: “Eles usaram seu voto para expressar a necessidade de mudança e o desejo de dias melhores”.

Lasso conquistou 52,5% dos votos, e Arauz outros 47,5%, de acordo com o Conselho Eleitoral Nacional, que não declarará o vencedor formalmente até depois de uma revisão de relatórios das urnas.

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Arauz reconheceu a derrota rapidamente em um discurso muito diferente do tom aguerrido que adotou em campanha.

“Este é um contratempo eleitoral, mas de maneira nenhuma uma derrota política ou moral, porque nosso projeto é para toda a vida”, disse ele, que parabenizou Lasso.

A terceira candidatura presidencial de Lasso parecia improvável em uma nação cansada de medidas de austeridade econômica penosas e inicialmente cativada com as promessas de Arauz de pagamentos de 1.000 dólares para famílias pobres e a volta da generosidade socialista.

Lasso, de 65 anos, descartou sua imagem conservadora no segundo turno prometendo avanços em questões como direitos animais e ambientais e esforços maiores para deter a discriminação contra a orientação sexual.

Arauz foi incapaz de se descolar de seu mentor, o ex-presidente Rafael Correa, que conquistou um grande apoio graças a programas de bem-estar social durante sua década no poder, mas que também era visto como um rival grosseiro e cuja reputação foi maculada por acusações de suborno pelas quais foi condenado enquanto estava na Bélgica, onde mora atualmente.

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