Bank of Japan adota postura de pouca intervenção, mesmo após contração recorde

Entidade vê economia do país em processo de recuperação, depois de duas grandes quedas consecutivas

Equipe InfoMoney

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SÃO PAULO – Diferentemente de outros bancos centrais, a autoridade monetária japonesa não deve aumentar seus estímulos à economia, mesmo após anúncio da maior contração do PIB (Produto Interno Bruto) do país desde o início das medições do indicador, em 1955: a economia do Japão encolheu 15,2% na base anual.

O presidente da instituição, Masaaki Shirakawa, aposta numa “recuperação moderada”, estimulada via melhorias graduais na produção e das exportações. Diante de tal posicionamento, é de se esperar que o banco central do país não cogite seguir em frente com outras aquisições vultosas de dívida pública e corporativa.

O receio, no entanto, é de que a entidade não esteja mensurando adequadamente o quão ameaçadora pode ser a questão deflacionária, que deve retardar o processo de retomada. Após dois trimestres recessivos consecutivos, o produto do Japão voltou a seus níveis de 2003 e levou o país de volta à deflação que superou há menos de quatro anos.

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O pior já passou

Acreditando no otimismo trazido pela escalada da confiança do consumidor em abril, pelo aumento das exportações em março, bem como da produção nas fábricas, os formuladores de política econômica do país entendem que o crescimento será retomado ainda neste trimestre, com vistas para a saída da recessão até o final do ano.

Economistas, por sua vez, entendem que as medidas do BoJ em gastar US$ 264 bilhões para estimular a atividade econômica deve ao menos prover algum alívio temporário neste momento de nervosismo e queda.