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SÃO PAULO – A Febraban (Federação Brasileira dos Bancos) revelou na tarde desta quarta-feira (23) as novas projeções à economia brasileira de 30 bancos brasileiros, prevendo maior crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) este ano.
Enquanto a estimativa anterior, divulgada pelo órgão em maio passado, ditava uma expansão do PIB brasileiro de 6,3% em 2010, agora a projeção é de crescimento da ordem de 7,1% esse ano. Já para 2011, a projeção foi levemente reduzida de uma alta de 4,5% para uma de 4,4%.
Por sua vez, a visão dos bancos para a trajetória do IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) permanece a mesma: a estimativa é que o índice encerre 2010 apontando uma alta nos preços de 5,5%, ao passo que no ano que vem, a expansão deve ser de 4,7%.
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Já a taxa Selic deve fechar 2010 a 11,75% ao ano – mesma projeção traçada no relatório anterior de maio. Já as perspectivas para o juro ao final do ano que vem foram elevadas de 11,50% ao ano para 11,75% ao ano. Cabe lembrar que, atualmente, a taxa encontra-se a 10,25% ao ano.
Outro número de destaque entre as projeções dos bancos diz respeito ao crescimento do PIB norte-americano, que segundo a pesquisa, deve ser de 2,9% este ano, acima dos 2,7% previstos anteriormente.
Percepções dos analistas
Além dos cálculos das projeções macroeconômicas, o relatório elaborado mensalmente pela Febraban também traz a percepção do setor bancário brasileiro quanto a eventos importantes que tenham marcado recentemente o noticiário.
Segundo o relatório, 96,3% dos analistas dos bancos que responderam à pesquisa disseram que a última decisão e ata do Copom (Comitê de Política Monetária) “não alteraram significativamente suas projeções macroeconomias e financeiras”. Quanto ao resultado do PIB do País no primeiro trimestre, para 70,4% deles os números vieram ligeiramente acima do esperado.
Por fim, a pesquisa da Febraban também aponta um forte otimismo dos analistas para a resistência do País frente à crise fiscal europeia. Dos analistas consultados, 55,6% afirmaram que “a situação vai moderar o crescimento, mas não o suficiente para atenuar o aperto monetário”. Outros 37% disseram que “a situação não vai influenciar o crescimento brasileiro nem o aperto monetário”.