Bancos e Petrobras sobem 2%; Vale cai 3% e Tereos afunda 13%

Confira os principais destaques da Bovespa nesta terça-feira

Paula Barra

Setor extrativo foi destaque de baixa em janeiro, mas projeções para o ano são boas

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11h35: Vale e siderúrgicas
As ações de Vale e siderúrgicas registram queda em meio às preocupações com o crescimento econômico chinês e à queda do preço do minério de ferro. O minério de ferro spot (à vista), negociado no porto de Qingdao com 62% de pureza, fechou em queda de 1,41%, a US$ 57,28.  

Os papéis da Vale (VALE3, R$ 18,70, -2,35%VALE5, R$ 14,88, -3,12%) caem mais de 2%, enquanto a Usiminas (USIM5, R$ 4,08, -4,67%), CSN (CSNA3, R$ 4,69, -4,67%) amenizam perdas, com mais um dia de baixa após o rali das últimas semanas. A exceção é a Gerdau (GGBR4, R$ 6,37, +1,11%), que virou para alta. 

Ontem, o Goldman Sachs divulgou um relatório apontando a Gerdau como única recomendação de compra após o rali registrado desde 25 de agosto. Usiminas e CSN ainda tinham recomendação de venda, com o banco apontando que a alta dessas ações não se justificavam pelos fundamentos.

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Hoje, o Santander também comentou a disparada recente dessas ações. Para o banco, o desempenho foi muito grande, rápido e contra os fundamentos. A alta, segundo eles, foi provocada pela esperança de que a contínua desvalorização do real frente ao dólar possa desencadear alguns aumentos dos preços do aço no mercado local, com um “short squeeze” (pressão dos vendidos). Eles, no entanto, ressaltam que o volume da demanda continua muito baixo (com expectativa de que deteriore ainda mais), a queda nos preços internacionais e a volatilidade cambial devem impedir aumentos nos preços, pelo menos para todos os clientes e produtos no Brasil.  

Considerando a situação ainda mais difícil na indústria automotiva (queda de 21% no acumulado do ano nas vendas de carro), os analistas do Santander não acreditam em um aumento de preços para esse segmento que possa ser integralmente implementado. Nesse segmento, as empresas expostas seriam Usiminas e CSN, que trabalham com aço plano. 

11h20: Educacionais
Ontem, o ministro da Educação, Renato Janine, afirmou que a pasta preservará os principais programas e evitará cortar “o que quer que seja”, tentando no máximo escalonar as reduções de despesas. Em entrevista ao Jornal da Record News no mesmo dia em que o governo anunciou cortes de gastos e aumento de impostos, Janine afirmou também que o governo “quer manter” o Fies, porque o programa tem um “papel muito importante” para a integração de estudantes de ensino superior.

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O Fies tornou-se um tema muito importante nas reduções das despesas do governo nos últimos meses e vale ficar atento a novos movimentos que poderão atingir ou não o setor, comentou a Rico Corretora, em nota divulgada hoje. Na Bolsa, todas as ações de empresas expostas ao programa caem nesta sessão: Kroton (KROT3, R$ 8,60, -1,83%), Estácio (ESTC3, R$ 12,94, -0,46%), Anima (ANIM3, R$ 9,14, -1,19%) e Ser Educacional (SEER3, R$ 8,23, -2,26%). 

11h03: Qualicorp (QUAL3, R$ 16,70, -6,01%)
As ações da Qualicorp devolvem todos os ganhos conquistados ontem, quando fecharam como a segunda maior alta do Ibovespa, com valorização de 6,4%.  

10h40: Bancos
As ações dos bancos voltam a subir forte hoje, na esteira da disparada da véspera após anúncio das medidas de ajuste fiscal, entre elas mudança no juros sobre capital próprio (JCP) e volta da CPMF. Em nota desta terça-feira, o Credit Suisse comentou que a mudança no JCP pode trazer um impacto para Ambev, BRF e bancos, mas que, apesar do efeito negativo no lucro, em média de 3,7% para 2016, o anúncio foi melhor do que o esperado. Os analistas, no entanto, seguem cautelosos com o setor, sendo a inadimplência a principal preocupação, já que a volatilidade econômica e política devem continuar. 

Na bolsa, sobem forte as ações do Itaú Unibanco (ITUB4, R$ 28,22, +2,28%), Banco do Brasil (BBAS3, R$ 17,41, +1,93%) e Bradesco (BBDC4, R$ 23,87, +2,01%). A exceção é o Santander (SANB11, R$ 14,00, -0,50%), que tem leve queda. 

10h49: Sabesp (SBSP3, R$ 16,33, +1,55%)
As ações da Sabesp sobem, refletindo a revisão para cima na recomendação das ações da empresa pelo Santander, que passou para compra.  

10h47: Petrobras (PETR3, R$ 8,87, +0,45%; PETR4, R$ 7,70, -0,26%)
As ações da Petrobras operam voláteis nesta manhã. Em destaque, o pedido de licença do presidente do conselho da estatal, Murilo Ferreira, até dia 30 de novembro, alegando motivos pessoais. Rumores apontam para desentendimentos entre o executivos e os demais membros do colegiado e até mesmo com o presidente da petrolífera, Aldemir Bendine. Um dos casos mencionados tem sido a venda da BR Distribuidora (Ferreira foi contra, pois considerava que a empresa precisava melhorar a governança antes de ser vendida; a maioria, no entanto, votou pela venda). Também fala-se sobre a falta de independência do conselho, que não tem liberdade para alterar o preço da gasolina e diesel. 

Ontem, a estatal confirmou o nome de Nelson Carvalho como presidente interino do Conselho de Administração até 30 de novembro no lugar de Ferreira. 

10h30: Cosan (CSAN3, R$ 19,20, -2,88%)
Sem novidades sobre a Cide (Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico), as ações da Cosan caem quase de 3%. O aumento da Cide elevaria o preço da gasolina e poderia levar ao aumento da demanda por etanol, beneficiando as empresas do setor, incluindo a Cosan.  

10h25: exportadoras
Após a maior queda do dólar em um mês ontem na esteira das medidas de ajuste fiscal, o dólar volta a subir forte hoje, com alta de 1,31%, a R$ 3,864, impulsionando as altas das companhias que têm receita atrelada à moeda americana. É o caso de Suzano (SUZB5, R$ 19,19, +1,21%), Fibria (FIBR3, R$ 54,25, +0,56%) e Embraer (EMBR3, R$ 24,45, +0,62%), que têm leve alta. 

A Embraer ainda informou que a companhia aérea norte-americana SkyWest assinou pedido firme para 18 jatos E175 por um valor estimado de US$ 800 milhões, com base nos atuais preços de lista do modelo. O pedido será incluído na carteira da Embraer do terceiro trimestre. Os aviões serão operados pela SkyWest Airlines por meio de uma emenda no acordo de compra de capacidade com a United Airlines.