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SÃO PAULO – O banco de investimento Safra apresentou sua carteira recomendada para março, apontando 16 papéis que deverão mostrar desempenho diferenciado ao longo do terceiro mês deste ano, na opinião de seus analistas. Em relação ao último portfólio, o Safra excluiu três ações.
Em março, entram para a lista os papéis da AES Tietê, BM&F Bovespa, Drogasil e Suzano, enquanto que as ações da BR Foods (BRFS3), Cyrela (CYRE3) e Tractebel (TBLE3) deixam o portfólio. Segundo os analistas, a exclusão da BRF da lista deve-se, entre outras coisas, aos números abaixo do esperado no último trimestre de 2009.
Para a Cyrela, a justificativa do banco para a retirada dos papéis na carteira ficou por conta do potencial da empresa no curto prazo, que na opinião dos analistas já está precificado. Por sua vez, as ações da Tractebel foram cortadas do portfólio para este mês em função das preocupações em relação à transferência de ativos do controlador GDF-Suez para a companhia. Por fim, a BR Foods foi retirada das recomendações devido a um resultado trimestral abaixo das expectativas.
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O que esperar?
Os analistas destacam que os principais catalisadores do mês serão a divulgação do PIB (Produto Interno Bruto) nacional referente ao quarto trimestre de 2009 e a reunião do Copom (Comitê de Política Monetária), nos próximos dias 16 e 17 de março. “Nossa expectativa é que o resultado do PIB evidencie a aceleração da atividade econômica ocorrida no final de 2009“, destacou o banco, que espera crescimento de 2,2% na comparação com o trimestre anterior, na série com ajuste sazonal.
Ademais, os analistas ressaltam que foi retomada a discussão entre os economistas de mercado quanto ao momento do início do ciclo de aperto monetário. “Se antes havia um relativo consenso quanto à elevação dos juros a partir de abril, neste momento, os argumentos favoráveis à antecipação para março ganharam força”, disseram.
Confira o portfólio para março:
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| Empresa | Código | Peso | Preço-alvo | Upside |
|---|---|---|---|---|
| AES Tietê | GETI4 | 4% | R$ 22,67 | 18,38% |
| AmBev | AMBV3 | 4% | R$ 179,37 | 19,58% |
| BM&F Bovespa | BVMF3 | 5% | R$ 16,50 | 38,42% |
| Bradesco | BBDC4 | 4% | R$ 40,35 | 26,68% |
| Copel | CPLE6 | 6% | R$ 43,32 | 14,03% |
| Drogasil | DROG3 | 4% | R$ 36,98 | 28,40% |
| Duratex | DTEX3 | 4% | R$ 21,40 | 24,13% |
| Gerdau | GGBR4 | 6% | R$ 35,00 | 30,35% |
| Itaú Unibanco | ITUB4 | 6% | R$ 45,35 | 22,07% |
| Lojas Americanas | LAME4 | 6% | R$ 16,90 | 25,18% |
| Pão de Açúcar | PCAR5 | 5% | R$ 78,60 | 24,96% |
| PDG Realty | PDGR3 | 5% | R$ 18,50 | 9,14% |
| Petrobras | PETR4 | 16% | R$ 47,17 | 34,31% |
| CSN | CSNA3 | 4% | R$ 74,00 | 22,72% |
| Suzano | SUZB5 | 5% | R$ 27,00 | 32,67% |
| Vale | VALE5 | 16% | R$ 56,00 | 23,10% |
| *Com base na cotação de fechamento de 2 de março | ||||
Novidades na carteira
AES Tietê: Os analistas destacaram que a boa previsibilidade do negócio, aliada à forte geração de caixa e elevado pagamento de dividendos fizeram com que eles recomendassem a ação preferencial da AES Tietê em março. Além disso, a performance aquém do mercado em 2010 também pesou positivamente na inclusão dos papéis.
BM&F Bovespa: O banco acredita que a empresa possui claras oportunidades de crescimento para este ano, considerando o recente memorando de entendimentos com o Grupo CME e um cenário macroeconômico favorável. “Além disso, a BM&F Bovespa negocia a um nível de preço bastante atrativo quando comparada às principais bolsas de valores globais”, destacou o Safra.
Drogasil: A inclusão da ação da Drogasil no portfólio recomendado do banco Safra para março deu-se em razão da sólida tese de investimento da companhia a um preço que o banco considera atrativo. “Consideramos a companhia muito bem posicionada e capitalizada para captar o rápido crescimento do setor decorrente do crescimento de renda, envelhecimento da população e aumento da participação de genéricos no País”, concluiu.
Suzano: Já a recomendação da Suzano leva em conta uma série de fatores. Entre eles, os analistas ressaltaram a exposição ao ciclo de celulose, valuation atrativo, desconto de 33% em relação aos comparáveis globais e relação risco-retorno atraente.