Balanço patrimonial: entenda mais sobre as contas desse demonstrativo financeiro

O BP mostra o valor contábil da empresa, que não equivale ao seu valor real; uso de indicadores é útil para análise

Equipe InfoMoney

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SÃO PAULO – O balanço patrimonial é um dos tipos de demonstrativos financeiros existentes, porém muito mencionado, pois serve para analisar o valor contábil de uma empresa, com base nas aplicações e origens de seus recursos em um dado momento. Os números isolados podem aparentar ter pouca utilidade, mas em forma de índices podem sinalizar aspectos como liquidez e endividamento.

A estrutura do balanço é dividida em duas partes, sendo que todos os ativos ficam do lado esquerdo e os passivos e o patrimônio líquido do lado direito. As contas são classificadas em termos de prazo, sendo que as de curta maturação (os chamados circulantes) ficam na parte superior. As contas da parte inferior são aquelas de longo prazo.

Ativos: aplicações de recursos
Os ativos representam as aplicações de recursos da empresa, e incluem o caixa, títulos comercializáveis, os estoques, os equipamentos, etc. Eles são contabilizados na parte esquerda do balanço patrimonial. São classificados como ativos circulantes, ativos realizáveis a longo prazo e ativos permanentes, conforme o prazo de maturação do ativo.

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Para toda aplicação de recursos, é necessário um financiamento. Desse modo, a soma dos passivos e do patrimônio líquido de uma empresa deve sempre ser igual ao montante de seus ativos. Esta talvez seja a regra mais básica da contabilidade.

Passivos e patrimônio líquido
No lado direito do balanço patrimonial, ficam as contas de financiamento. Elas são divididas em passivo (capital de terceiro) e patrimônio líquido (capital próprio). A relação entre essas suas divisões é importante, pois mostra quão endividada uma empresa está. Vale citar que companhias com muito capital de terceiros, em geral, estão mais sujeitas a riscos, mas seriam financiadas a um custo menor, por outro lado.

Outra análise que pode ser feita com base no balanço patrimonial é a do perfil das dívidas. É possível calcular a parcela de passivos de curto prazo no montante total, sabendo quantas contas vencerão nesse e quantas vencerão nos próximos exercícios. Outro cálculo interessante é a do capital de giro líquido, ou seja, a diferença entre os ativos circulantes da empresa e os seus passivos circulantes. A empresa precisa equilibrar os prazos de suas aplicações com o de suas origens.

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Indicadores e evolução das contas
Embora a análise dos números isolados seja pouco usual, pois, ao contrário do demonstrativo de resultado, o balanço analisa estoques e não fluxos, é sempre interessante analisar índices derivados do balanço. Estes podem ser comparados com os de outras companhias do setor ou mesmo com os de outros anos. A evolução das contas pode ser bastante elucidativa sobre o rumo da empresa.

Uma distinção importante do balanço em relação a outros demonstrativos é que ele mostra a situação da empresa em um momento específico, não se referindo a um período. Por exemplo, o balanço pode mostrar a situação em 31 de dezembro, porém não no quarto trimestre.

Assim, ele é uma espécie de “fotografia” da situação da empresa, ao contrário do demonstrativo de resultados, que funciona mais como um “filme”, como, por exemplo, dos fluxos, como receitas e despesas, referentes ao quarto trimestre.

Por fim, vale citar que o valor contábil (o valor dos ativos do balanço patrimonial da empresa) geralmente não indica o valor real da companhia. Mesmo com limitações, o balanço patrimonial, é certamente um instrumento útil na análise da situação das empresas.