Baixo crescimento global deve ter longa duração, diz diretor do BC

No caso do Brasil, o diretor do BC foi mais otimista, ao apontar que a recuperação no país se dá de maneira mais forte

Reuters

Publicidade

RIO DE JANEIRO – O mundo deve viver um longo período de baixo crescimento econômico ainda em função das últimas crises internacionais, avaliou nesta terça-feira (6) o diretor de Assuntos Internacionais e de Regulação do Sistema Financeiro do Banco Central, Luiz Awazu Pereira.

Segundo ele, os níveis de endividamento de países como Estados Unidos e Japão, além da União Europeia, ainda são bastante elevados. Awazu citou os estoques de dívidas de empresas, governos e pessoas físicas dessas regiões como um fator de limitação ao crescimento global.

“A velocidade de recuperação da atividade demora muito mais, e um dos motivos para isso é o fato de você estar com (…) dívidas simultâneas (…) e uma série de incertezas sobre problema fiscal nos EUA e a crise europeia”, avaliou, em palestra na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj).

Masterclass

As Ações mais Promissoras da Bolsa

Baixe uma lista de 10 ações de Small Caps que, na opinião dos especialistas, possuem potencial de valorização para os próximos meses e anos, e assista a uma aula gratuita

E-mail inválido!

Ao informar os dados, você concorda com a nossa Política de Privacidade.

Awazu evitou comentar por quanto tempo duraria a fase de crescimento mundial mais baixo, mas frisou que as soluções de problemas desse porte “tomam um certo tempo”.

“A Europa está dando soluções, temos hoje eleições nos EUA que vão começar a indicar as soluções… Passamos da fase de volatilidade e estresse maior e, agora, vai se ter convergência para o funcionamento normal das economias”, disse a jornalistas.

No caso do Brasil, o diretor do BC foi mais otimista, ao apontar que a recuperação no país se dá de maneira mais forte.

Continua depois da publicidade

“Nossa situação de retomada do crescimento é bastante equilibrada… Estamos com sinais positivos de que a economia vai crescer no ritmo de fim de ano em cerca de 4 por cento. Estamos em condição de sinalização de retomada”, completou.

Ainda segundo o diretor do BC, informes recentes de órgãos internacionais confirmam esses sinais de retomada da economia doméstica. “São indicadores sustentáveis de recuperação do crédito, indicadores robustos de vendas e de manutenção do emprego formal e renda”, concluiu.