B3 (B3SA3) aponta menor volume negociado em prévia operacional de julho, mas maior rotatividade

Com pior momento de mercado, volume de ações negociadas recuou 22,8%, mas há maior movimentação de carteiras

Vitor Azevedo

B3 (Germano Lüders/InfoMoney)

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A B3 (B3SA3) registrou uma queda de 22,8% na base anual do volume financeiro médio diário do segmento ações em julho de 2022, indo a R$ 22,4 bilhões, segundo dados divulgados pela operadora da bolsa brasileira na noite desta terça-feira (9).

Neste setor, a receita média por contrato (RPC), no entanto, avançou 8% na base anual, para R$ 0,914, e o giro saiu de 122,1% para 130,5%.

No segmento de derivativos, que inclui juros, câmbio e commodities, o volume médio diário de negócios cresceu 0,3% em julho na base anual, mas recuou 13,3% em relação ao mês imediatamente anterior, ficando em R$ 3,8 bilhões. A RPC total no segmento de derivativos caiu 4% ano a ano, mas subiu 10,8% na base mensal.

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O número de investidores pessoa física chegou a 4,46 milhões, avanços de 37,4% anualmente e de 1,2% frente a junho.

Para os analistas do Credit Suisse, apesar dos dados mais fracos, a B3 trouxe números esperados.

“Os volumes foram sazonalmente mais fracos, mas velocidade de rotatividade está maior do que há um ano”, pontuam Marcelo Telles e Daniel Vaz, do banco americano. “A B3 mostrou uma velocidade de rotatividade quase 10 pontos percentuais maior do que no ano passado, com derivativos mostrando uma resiliência bem-vinda, ajudada por maior RPC [receita por contrato]”.

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O Bradesco BBI foi no mesmo caminho, afirmando que apesar da queda do volume negociado e do recuo do valor médio de 3,9% na base mensal, a velocidade de rotatividade, continua acima do registrado no ano passado – apesar de destacar que houve queda na base mensal, uma vez que em junho esse número foi de 155,6%.

“Vemos os dados como marginalmente negativos para as ações da B3, tendo em vista a desaceleração material em volume negociado. Embora a desaceleração tenha sido um pouco antecipada, acreditamos que as preocupações com a sustentabilidade dos volumes podem impedir uma reclassificação das ações no curto prazo, o que parece altamente dependente da melhora nas condições de mercado e da situação macro”, diz a equipe do banco, liderada por Otavio Tanganelli.

Já a Eleven aponta a queda anual de 22,8% do volume médio diário negociado, mas que o número de investidores pessoa física permaneceu evoluindo, com aumento anual de 37,4%, e se comparado com o mês anterior, manteve o ritmo de crescimento em 1,2%, apesar da alta volatilidade do mercado, alcançando 4,46 milhões de CPFs únicos no período.

As novas emissões em renda fixa que já tinham recuado em junho (-0,3%), tiveram nova queda de mais 1,1%, mas na comparação anual o aumento foi de 17,7%, com o volume em estoque crescendo 2,8% no mês e 29,9% no ano.

“Em nossa visão essa volatilidade do volume médio diário negociado está relacionada a alta instabilidade do cenário, pressão inflacionária e escalada das taxas de juros, onde os investidores buscam maior proteção. Além disso, veremos menos ofertas de ações ao longo de 2022 que será um ano volátil devido às eleições, as incertezas diante do conflito na Ucrânia, e à elevada inflação”. Ainda assim, a casa reitera recomendação de compra para o papel, com preço-alvo de R$ 27.

A B3 divulga seu resultado trimestral na próxima quinta-feira (11), após o fechamento do mercado.

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